Com apoio financeiro e logístico, Patricia jogou em alto nível e se formou nos Estados Unidos

Patricia Coimbra - 2 peqNascida e criada em São Paulo, onde aprendeu a jogar tênis, mais precisamente no Esporte Clube Pinheiros, Patricia Coimbra jogou o circuito juvenil, mas consciente das dificuldades da carreira como profissional, decidiu buscar um novo rumo.

Aproveitando-se de algumas propostas de escolas norte-americanas, viu que o circuito universitário dos Estados Unidos seria ótima alternativa, com a possibilidade de estudar e jogar tênis em alto nível.

Para isso, contou com o apoio do Daquiprafora, umas das principais empresas no assessoramento de atletas e estudantes para universidades nos Estados Unidos, e da Fundação Lemann, reconhecida por auxiliar tenistas, entre outros, a irem para os Estados Unidos jogar o circuito universitário em várias modalidades esportivas, enfrentando dificuldades, sim, mas permanecendo firme para chegar aos objetivos, principalmente o de ter uma boa formação na Winthrop University.

Confira como foi o nosso papo com ela!

Quando e como surgiu a oportunidade de ir para os EUA estudar e jogar o circuito universitário?

Desde pequena me destaquei nos torneios juvenis, mas logo percebi que o caminho profisional seria muito mais difícil. Durante os últimos anos jogando torneios juvenis e iniciando os torneios profissionais, comecei a receber propostas de escolas americanas. Sempre amei viajar e jogar tênis, então percebi que a melhor opção para aliar uma boa educação com uma prática esportiva de alto nível seria estudar e jogar por uma universidade americana. Na época, conversei muito com amigas/amigos que haviam se mudado para os Estados Unidos e com meus pais, todos me incentivaram muito a tomar essa decisão.

Em qual lugar você nasceu e morava aqui no Brasil?

Nasci e sempre morei em São Paulo. Cresci jogando tênis desde pequena pelo Esporte Clube Pinheiros.

Qual foi a universidade escolhida? O que você cursou ou está cursando?

Escolhi a Winthrop University, na Carolina do Sul. Na época, tinham vários brasileiros na equipe de tênis o que era muito importante para mim. Me formei em Maio de 2009 em  “business” com uma dupla especialização (“double major”) em Finanças e Ciências Contábeis.

Qual era a sua expectativa quando partiu para os EUA?

Eu queria estudar, conhecer uma nova cultura e continuar jogando tênis de alto nível. Fiquei impressionada com a organização, o alto nível do esporte universitário americano e toda a infrastrutura oferecida pela universidade aos atletas. O esporte universitário é muito valorizado nos Estados Unidos estando sempre na TV, nas noticias… é um mundo muito diferente!

Quais foram as principais dificuldades? Já sabia falar inglês fluentemente?

Eu falava um inglês básico quando cheguei nos Estados Unidos e essa foi a maior dificuldade nos primeiros 6 meses. Tive que estudar muito e contar com a ajuda de professores e colegas. Nunca vou me esquecer da minha primeira apresentação em inglês na frente de uma classe toda (risos).

A rotina também era corrida com aulas de manhã, treinos à tarde e às vezes aulas novamente à noite. Tambem batia saudades da familia e dos amigos no Brasil, mas depois de 6 meses tudo foi ficando um pouco mais facil!

Qual foi a importância do Daquiprafora e da Fundação Lemann nesse projeto?

O Daquiprafora foi fundamental durante todo o processo de escolha, organização da documentação requerida pela universidade e visto. Graças ao Daquiprafora também tive a oportunidade de visitar 4 universidades antes de fazer a escolha final. O apoio financeiro providenciado pela Fundação Lemann foi tão importante quanto o auxílio do Daquiprafora. Agradeço muito a ambas as partes por todo o apoio.

E você tentou aliar o circuito universitário ao profissional?

Quando decidi estudar nos Estados Unidos, eu já tinha tomado a decisão de que não queria jogar tênis profissional, então optei por focar na carreira acadêmica. Durante as primeiras férias, optei por adiantar certas materias para conseguir a dupla especialização em 4 anos e também trabalhei em um acampamento de tênis. Nas minhas últimas férias, optei por fazer um estágio em uma multi-nacional chamada SPX Flow, na qual continuo trabalhando até hoje.

Qual é a sua atividade atual?

Atualmente continuo trabalhando na SPX Flow. Eu comecei no departamento de auditoria interna em Charlotte na Carolina do Norte, no qual passei 4 anos viajando pelo mundo com a empresa. Desde então fui promovida a Controler e me mudei para a França em Julho deste ano para assumir o cargo de Controler da nossa divisão europeia.

Você recomenda a experiência aos jovens que ainda estão na dúvida sobre o circuito universitário?

Sem dúvida alguma! Foi a melhor escolha que fiz na minha vida. Aprendi e amadureci muito durante esses anos. Estudar e morar nos Estados Unidos é uma oportunidade que recomendo a todos os esportistas, tanto para os que gostariam de continuar jogando profissionalmente quanto para os que querem focar nos estudos.

Depois de treinar com Bollettieri, Eidy achou no tênis universitário o sucesso pessoal e profissional

Eidy Igarashi 2Nascido em Araçatuba, no interior de São Paulo, Eidy Igarashi buscou com afinco a realização do sonho de jogar tênis.

Para isso, não polpou esforços e chegou a treinar em Bradenton, na Califórnia, na famosa IMG Academy, de Nick Bollettieri, responsável pela formação de vários nº 1 do mundo, batendo bola com jogadoras como Maria Sharapova e Jelena Jankovic, que já chegaram ao topo do ranking.

Mas foi em 2004, quando fazia a transição do juvenil para o profissional, que tomou a melhor decisão da sua vida, como ele mesmo diz, ao optar por jogar o circuito universitário norte-americano, com o apoio do Daquiprafora, umas das principais empresas no assessoramento de atletas e estudantes para universidades nos Estados Unidos, e da Fundação Lemann, reconhecida por auxiliar tenistas, entre outros, a irem para os Estados Unidos jogar o circuito universitário em várias modalidades esportivas.

Eidy nos contou um pouco sobre sua jornada, sem esquecer de lembrar das principais dificuldades durante esse período, assim como sem deixar de agradecer aos que fizeram parte dessa sua História, destacando também a importância dessa formação obtida para o seu sucesso profissional na atualidade.

Confira!

Quando e como surgiu a oportunidade de ir para os EUA estudar e jogar o circuito universitário?

Sempre tive a curiosidade em jogar o tênis universitário, mas foi no ano de 2004, quando tinha acabado de encerrar o circuito juvenil e fazendo a transição para o profissional jogando os Futures que realmente amadureci a ideia e decidi o que queria.

Entrei em contato com o Felipe (Fonseca), do Daquiprafora, para me auxiliar na busca por uma universidade que encaixaria no meu perfil e na documentação para ingressar em uma universidade americana. Conversei com amigos que já haviam vivido essa experiência e outros que estavam jogando o circuito no momento. Tive propostas de algumas universidades, mas a que mais me atraiu foi a da Old Dominion University, e começaram as conversas com o Darryl (técnico do time na época).

Naquele tempo haviam dois brasileiros no time, o Adriano Melo e o Henrique Cançado, que eu já conhecia de torneios brasileiros e que me deram segurança por optar pela ODU, que fica situada em Norfolk, no estado da Virgínia, na costa leste americana. É uma universidade estadual pertencente a primeira divisão do tênis, que vem crescendo e se desenvolvendo muito ao longo dos anos. Na época, havia aproximadamente 20.000 estudantes. A cidade de Norfolk é conhecida pela maior base da marinha americana e base da OTAN no Atlântico e fica próximo de Washinton D.C. capital.

Em qual lugar você nasceu e morava aqui no Brasil?

Nasci em Araçatuba, interior de São Paulo, me mudei para São Paulo e depois São José do Rio Preto ainda muito pequeno e onde vivi a maior parte da minha vida. Em busca de melhorar meu tênis, morei em Bradenton na Flórida, São Paulo novamente, Guarulhos, Porto Alegre e Piracicaba.

O que você cursou?

Me formei com “major” em “International Business” e “minor” em “Management”, em 2009. Aqui no Brasil conclui meu MBA pela Fundação Getúlio Vargas em gestão empresarial em 2014.

Qual era a sua expectativa quando partiu para os EUA?

As minhas expectativas eram boas, mas não tinha dimensão do que era o esporte universitário até chegar lá de fato. Fiquei muito surpreso com a quantidade de jogadores de alto nível, as estruturas das universidades e o quanto o esporte universitário é valorizado pelos americanos. Sempre ouvimos e vimos pela TV o quanto os americanos apreciam os atletas universitários, mas só vivendo lá para você ter uma ideia real da dimensão do negócio.

Quais foram as principais dificuldades? Já sabia falar inglês fluentemente?

As minhas principais dificuldades no começo foram na parte acadêmica e na adaptação à rotina. Eu e mais dois brasileiros (Rodrigo Soriano e o Juliano Cirimbelli) chegamos no meio do ano escolar e já de cara na temporada (janeiro) meu inglês era um básico bom mas não era o suficiente.

Não sabíamos direito como funcionava o sistema, estávamos muito confusos, a língua dificultava e ainda por cima viajávamos toda semana para jogar. Boa parte da nossa temporada era piso rápido coberto pois fazia muito frio e naquele tempo tínhamos que viajar uma hora de van para treinar em Newport News (cidade ao lado). Ainda não havia quadra coberta na universidade (em 2008 construiu-se um complexo espetacular com 8 quadras cobertas), não tínhamos tempo para almoçar, pois saíamos direto da aula para a van que saía 12:00 e retornava somente às 16:30 com o time. No primeiro semestre, penamos muito, foi difícil acostumar. Mas depois que fiquei o primeiro verão por lá trabalhando as coisas fluíram bem e só melhoraram.

Qual foi a importância do Daquiprafora e da Fundação Lemann nesse projeto?

O Daquiprafora foi fundamental na busca pelo perfil da universidade que eu procurava, um bom nível acadêmico e um bom nível de tênis, e claro, com toda a papelada envolvida para poder ingressar em uma universidade americana que às vezes pode tomar bastante tempo se feito sem o auxílio.

A Fundação Lemann foi de fundamental importância não só para mim, mas para centenas de atletas para que o desejo de estudar fora jogando tênis de alto nível fosse possível financeiramente.

A conclusão do meu curso com meu diploma adquirido só foi possível através do financiamento da Fundação Lemann, do Daquiprafora que me proporcionou todo suporte para conseguir conseguir uma universidade, e a Old Dominion que me proporcionou a bolsa de estudos. Sou eternamente grato à essas instituições.

E você tentou aliar o circuito universitário ao profissional?

Assim que fui para os Estados Unidos deixei de competir profissionalmente e mudei meu foco mais para a parte acadêmica, mas o tênis que me abriu as portas. Tinha uma rotina de um atleta de alto nível, treinava quatro horas por dia, me alimentava bem e jogava um nível de tênis de altíssimo nível, só não competia profissionalmente. Sempre gostei de competir, levei o tênis muito a sério lá, obtive bons resultados no circuito universitário (ranking 73º simples e 32º duplas na Divisão I) mas meu foco principal era acadêmico.

Qual é a sua atividade atual?

Atualmente trabalho nas empresas da minha família ligadas a indústria e varejo, administrando franquias da World Tennis, em Rio Preto, por exemplo. Com dois sócios comecei um negócio novo na prestação de serviços de infraestrutura em empreendimentos imobiliários, a Sinaliza Brasil, e pretendo começar novos negócios em breve.

Você recomenda a experiência aos jovens que ainda estão na dúvida sobre o circuito universitário?

Sinceramente foi a melhor escolha que fiz na minha vida. Não sei se todos tiveram a mesma experiência que eu, mas vivi momentos inesquecíveis jogando tênis, viajando, estudando, celebrando e aprendendo muito, mas muito mesmo. Foi a dose perfeita de aprendizado, amadurecimento, cultura, estudos e esporte.
Ao jovens que estão em dúvida e gostam de jogar tênis, eu recomendo. Vão de olhos fechados. É uma experiência que irão levar para o resto de suas vidas e valores que não irão aprender em nenhum outro lugar. Vivência que para mim foi de fundamental importância para a formação de caráter, carreira e oportunidades futuras.

Gostaria de fazer um agradecimento aos meus grandes amigos de faculdade que até hoje nos falamos e nos encontramos uma vez por ano, e que fizeram essa jornada ainda mais especial: Rodrigo Soriano (do Rio de Janeiro), Adriano Melo (de Londrina mas mora em São Paulo), Henrique Cançado (de Belo Horizonte), Harel Srugo (de Israel mora em New York) e Dominic Manilla (mora em Norfolk e atual técnico do time feminino de tênis da Old Dominion).

Projeto Tênis na Lagoa comemora 11 anos

O projeto Tênis na Lagoa, que beneficia mais de 150 crianças – entre 6 e 17 anos – de comunidades carentes no Rio de Janeiro completa 11 anos em setembro e, para celebrar a data, realizará um evento comemorativo no dia 20, com direito a um torneio interno entre alunos do projeto (que será realizado durante a semana), com a distribuição de brindes e entrega de troféus. Além disso, o evento terá a presença de Thomaz Koch, padrinho do projeto.

A comemoração, que será realizada na quadra em frente ao Clube Monte Líbano, contará com uma campanha para arrecadar fundos para a Copa Guga, que acontece entre os dias 12 e 18 de outubro, no JUSC e no Clube 12, em Santa Catarina, com quatro categorias: Tennis 10; 11 e 12 anos; 14 a 16 anos; e 18 anos. As pessoas poderão contribuir adquirindo as camisas com a frase “Eu apoio” do Projeto Tênis na Lagoa por R$ 30. O dinheiro será revertido em passagens, hospedagem e alimentação para crianças do projeto que disputarão o torneio.

Além de promover o desenvolvimento e a inclusão social das crianças através do esporte, o Projeto Tênis na Lagoa vem revelando alguns talentos, como Tamara Mariano, Isaias Ginuino, Mateus Ginuino, José André, Vitória Almeida, Kaique Rodrigues, Júlio Cesar Cabral, Maria Eduarda Gomes, Antonio Vitor Monteiro e Fernando Mendonça.

A iniciativa do Projeto Tênis na Lagoa surgiu em 2003 através do professor de tênis Alexandre Borges. Em 2004, ele concretizou a ideia, atendendo inicialmente cerca de 60 crianças das comunidades da Cruzada São Sebastião, Vidigal e Rocinha, todas na Zona Sul da cidade. Atualmente, com a autorização da Sub-prefeitura da Zona Sul, o projeta utiliza as quadras públicas localizadas em frente ao Clube Monte Líbano, na Lagoa Rodrigo de Freitas e conta também com o apoio da SherwinWilliams.

Mais informações em: www.projetotenisnalagoa.com.br.

https://www.facebook.com/projeto.tenisnalagoarj?fref=ts

Perto de se formar em Duke, Bruno Semenzato conseguiu aliar o circuito universitário ao profissional

Semenzato - Duke peqAos 23 anos, Bruno Semenzato está perto de realizar um grande objetivo, mas engana-se quem pensa que tem relação com seus resultados no circuito profissional.

O ex-top 100 juvenil está muito perto de se formar em Economia e Política Pública em uma das universidades mais renomadas do mundo, a Duke University, nos Estados Unidos, além de continuar jogando em alto nível, no circuito universitário norte-americano.

Com o auxílio do Daquiprafora, umas das principais empresas no assessoramento de atletas e estudantes para universidades nos Estados Unidos, e da Fundação Lemann, reconhecida por auxiliar tenistas, entre outros, a irem para os Estados Unidos jogar o circuito universitário em várias modalidades esportivas, Bruno foi para os Estados Unidos, enfrentou dificuldades no primeiro semestre, mas não duvida da importância da experiência e garante: Recomendo a absolutamente todos os tenistas brasileiros.

Confira como foi nossa conversa com ele!

Quando e como surgiu a oportunidade de ir para os EUA estudar e jogar o circuito universitário?

Quando comecei a me destacar no juvenil, recebi vários convites de escolas muito boas para continuar meus estudos e jogar tênis em altíssimo nível ao mesmo tempo. Foi aí que surgiu a oportunidade de estudar em Duke, uma escola que está entre as 10 melhores do mundo academicamente e na época estava entre as 5 dos EUA no ranking de tênis. Fui muito bem aconselhado por um grande amigo, Bruno Rosa, que veio da mesma escola que eu, do Larri Passos, e tinha acabado de se formar nos Estados Unidos. Também recebi total apoio do próprio Larri, do Bocão (que viajava muito comigo) e obviamente dos meus pais, que sempre me aconselharam a optar por esse caminho.

Em qual lugar você nasceu e morava aqui no Brasil?

Nasci em Lins e morei lá até os 8, cresci em Rio Preto e morei em Balneário Camboriú dos 14 aos 19.

Qual foi a universidade escolhida? O que você cursou ou está cursando?

Escolhi a Duke University, onde estudo Economia e Política Pública.

Qual era a sua expectativa quando partiu para os EUA?

Eu queria continuar jogando um tênis de alto nível e estudar na melhor universidade possível. Eu já tinha decido que não queria mais jogar profissional, mas caso ficasse no Brasil para estudar, teria que abrir mão do tênis competitivo completamente, pois aqui não temos tênis universitário. Foi aí que decidi estudar em Duke.

Quais foram as principais dificuldades? Já sabia falar inglês fluentemente?

As principais dificuldades foram relacionadas a parte acadêmica. Eu fala sim Inglês e muito bem, porém jamais estudei em uma escola Americana. Estava muito focado no tênis nos últimos anos e de repente me vi estudando economia em uma das melhores universidades do mundo. No começo tinha que estudar 5 vezes mais que todo mundo, só para estar no mesmo nível que eles. No segundo semestre, depois de ralar muito, eu já estava muito bem adaptado. Uma dica que eu daria aos tenistas que pensam em fazer isso, é que se preparem ao máximo desde cedo. Se eu tivesse me preparado devidamente, teria poupado esses primeiros meses de sofrida adaptação.

Qual foi a importância do Daquiprafora e da Fundação Lemann nesse projeto?

O Daquiprafora foi fundamental em toda a minha carreira universitária. Eles me ajudaram muito no processo de aplicação e escolha da universidade. Também me deram muito apoio durante esses anos estudando lá, me conectando a oportunidades de estágio e auxiliando em qualquer problema que surgisse no dia-a-dia lá. O Lemann abriu muitas portas em Harvard e quase fui para lá. No final optei por Duke pois eles me aceitaram em Janeiro.

E como foi aliar o circuito universitário ao profissional?

Sempre consegui jogar bastante tênis durante as férias. Foi muito bom poder continuar vivendo o tênis profissional, mesmo que só por alguns meses. Conseguia jogar por 3 meses durante o ano e isso era o suficiente para chegar muito bem preparado para a temporada universitária e sempre manter alguns pontos na ATP. Alcancei dois dos meus melhores resultados durante as férias do meu primeiro ano em Duke. Fui vice-campeão de um Future no Brasil e passei o qualy de um challenger também no Brasil. Sempre digo que quanto mais se estuda, melhor se joga tênis.

Pelo que vi aqui, seu último jogo como profissional foi em agosto do ano passado. O que o fez parar? Pretende voltar ao circuito?

Meu objetivo ao jogar esses torneios profissionais era me preparar para a temporada de tênis universitário. Fui para os EUA com o objetivo de focar na parte acadêmica e me dedicar muito mais aos estudos do que ao tênis. Porém, tenho a certeza de que se quisesse continuar, poderia. O nível jogado na divisão 1 é altíssimo e sem dúvida faz com que os jogadores melhorem durante os 4 anos que jogam lá. Eu sempre estive muito mais focado no mundo dos negócios e decidi desde cedo usar essa experiência nos EUA para me preparar o máximo possível.

Qual é a sua atividade atual?

Estou a um semestre de me formar, trabalhei em um fundo de private equity chamado Encourage Capital, em NY nesse verão, e por enquanto pretendo seguir trabalhando lá em janeiro do ano que vem. Futuramente pretendo voltar para o Brasil, empreender e possivelmente dar continuidade aos negócios da minha família.

Você recomenda a experiência aos jovens que ainda estão na dúvida sobre o circuito universitário?

Recomendo a absolutamente todos os tenistas brasileiros. Acho que essa experiência acadêmica é extremamente fundamental, principalmente para a formação de um tenista profissional.

 

 

Instituto Tênis inicia atividades em Brasília

O Instituto Tênis, instituição sem fins lucrativos que tem como objetivo apoiar o desenvolvimento do tênis nacional, acaba de iniciar as atividades do Núcleo Brasília. A iniciativa faz parte do Projeto Massificação do Tênis, que visa difundir a prática do esporte em todo o Brasil.

Instituto Tênis Inicia Atividades em Brasília

O Núcleo Brasília é um projeto de inclusão social, massificação, identificação e formação de talentos “Queremos disseminar a prática do tênis e, além de contribuirmos para identificar novos e futuros talentos, proporcionar uma oportunidade de desenvolvimento profissional para jovens carentes, seja com a carreira de treinador ou como atleta”, diz Cristiano Borelli, diretor-executivo do Instituto Tênis.

Segundo o coordenador do Núcleo Brasília, Carlos Chabalgoity, este é um projeto histórico para o tênis de Brasília. “Estamos implantando uma estrutura de massificação e detecção de talentos, com um trabalho focado em levar o tenista da base da pirâmide ao topo com uma mesma metodologia e filosofia de treinamento das grandes potências no tênis mundial”, afirma Chabalgoity.

Com foco em crianças de 06 a 10 anos, o projeto será implantado inicialmente nos centros olímpicos, nos colégios Mauricio Salles de Mello e Maristinha, no Instituto Promovida e em quatro escolas públicas (classe 104, classe 100, classe Agrovila e classe Vila Nova, todas na região administrativa de São Sebastião). “É um sistema integrado com escolas, centros olímpicos, clubes parceiros e o centro regional de treinamento para que haja uma renovação constante de jogadores”, reitera o coordenador.

Para disseminar a prática do esporte, o primeiro desafio é capacitar professores e profissionais de Educação Física. Com este objetivo, o Instituto Tênis desenvolveu uma plataforma de trabalho voltada especificamente para o treinamento de crianças e que será a base para as atividades junto ao núcleo do Projeto Massificação. A técnica, que acompanha as diretrizes da metodologia Play & Stay, desenvolvida pela Federação Internacional de Tênis (ITF), inclui avaliações, gráficos de desempenho, planos de aulas e estratégias de como abordar as crianças para ensinar o esporte.

O Instituto Tênis oferecerá todo o suporte e material didático para realizar a prática esportiva e o acompanhamento diário das atividades, além de criar condições básicas para a prática e expansão da modalidade. “Temos como principal objetivo massificar o esporte, por meio da democratização, oferecendo oportunidades para as camadas menos favorecidas da sociedade. Pelo nosso projeto, a maioria dos núcleos será implantada em comunidades carentes, auxiliando na integração e socialização das crianças”, ressalta o coordenador.

Campeões do Escolar e Universitário embarcam para Barcelona

Após as conquistas nas quadras da Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, está na hora dos campeões do Circuito de Tênis Escolar e Universitário, apresentado pelo Itaú por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, aproveitarem as férias de julho para embarcar rumo à Espanha, terra de grandes astros do tênis mundial.

Campeões do Escolar e Universitário Embarcam para Barcelona

O grupo com 32 jovens tenistas foi contemplado com uma viagem para treinamento intensivo e estudos de idiomas na Academia Sánchez-Casal, um dos centros europeus de excelência no tênis, onde todos os campeões das categorias 12 anos, 14, 18 e universitário – masculino e feminino – permanecerão por duas semanas.

Direto do Aeroporto Internacional de Guarulhos, o grupo de campeões se reuniu no sábado para encontrar a equipe de monitores que os acompanhará em tempo integral durante a jornada em Barcelona. “Estou muito feliz de ir para a Espanha e bem ansioso pelos treinos também. Acredito que esta será uma experiência única na minha vida”, disse o gaúcho Rafael Barcelos, campeão nos 14 anos.

“Esta viagem proporcionará uma grande evolução no meu jogo, além de um enriquecimento cultural. Espero aprender bastante com os professores e tenistas de diversos países que a Academia recebe”, explica Nicole Beidacki, de Porto Alegre e vencedora na categoria 18 anos.

NOS PASSOS DOS TOPS DO CIRCUITO MUNDIAL
Entre treinos e estudos, os alunos-atletas terão o privilégio de treinar na mesma academia onde passaram grandes estrelas do tênis mundial, como Ana Ivanovic, Andy Murray, Carlos Moyá, estes campeões de Grand Slam, Grigor Dimitrov, Juan Monaco, Svetlana Kuznetsova e a surpresa de Wimbledon 2015: Garbine Muguruza. A tenista espanhola, de apenas 21 anos e vice-campeã de Wimbledon neste final de semana, compartilhou experiências com os campeões do Circuito de Tênis Escolar e Universitário, em 2014. Assista ao vídeo: https://goo.gl/ged26N

EDUCAÇÃO E ESPORTE
Ao longo de sua história, o Circuito de Tênis Escolar e Universitário tem como objetivo aliar estudo e a prática esportiva na vida dos jovens, um projeto que busca claramente transformar a vida das pessoas e já premiou mais de 200 alunos e diversas instituições de ensino do País nos últimos anos.

O Circuito de Tênis Escolar e Universitário é apresentado pelo Itaú, por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, com o co-patrocínio da Azul – a transportadora oficial. A ACESC (Associação de Clubes e Sócio-Culturais de São Paulo) e Bayard são apoiadores oficiais do evento. A organização é do Instituto Sports.

Estudo realizado pelo Daquiprafora aponta que ser top 50 juvenil não é garantia de sucesso como profissional

DaquipraforaCom o objetivo de identificar padrões de resultados obtidos por tenistas que chegaram a um nível muito alto no juvenil, considerando o top 50 do ranking da Federação Internacional de Tênis, o Daquiprafora, umas das principais empresas no assessoramento de atletas e estudantes para universidades nos Estados Unidos, pesquisou e analisou resultados de tenistas nessa faixa de ranking nos anos 2008, 2009 e 2010 e o seu desmepenho como profissional, supondo-se que o tempo de 4 a 7 anos seria razoável para um bom ex-juvenil se firmar no top 200 profissional, ou no top 100 de duplas (faixas de ranking que começam a dar retorno do investimento na carreira).

Com o próprio site da ITF como fonte, é possível chegar a alguns resultados interessantes, como os listados nos pontos abaixo:

– Dos 132 jogadores do estudo (18 jogadores se repetiram nos rankings), 26 deles já acharam seu espaço no top 200 de simples ou top 100 de duplas.

– Dos 132 jogadores, 32 deles optaram pelo caminho do tênis universitário e receberam generosas bolsas de estudos.

– Dos 132 jogadores do estudo, 15 nem foram para a faculdade nos EUA e nem seguiram tentando jogar profissional.

– Dos 132 jogadores, 59 deles continuam tentando espaço no top 200 (sendo que 22 deles não arrumaram espaço no top 500 ainda, 4 a 7 anos após terminar o juvenil).

Ver tabela abaixo:

Tabela Daquiprafora

Conclusões:

1 – Se chegar ao top 50 juvenil já é difícil, chegar ao top 200 profissional é muito mais.

2 – Quem chega ao top 50 ITF está jogando um nível altíssimo de tênis e ainda assim apenas 20% deles conseguiu chegar a um nível profissional que traga pelo menos algum retorno.

3 – Para jogar torneios, um jogador profissional vai precisar dispor de pelo menos R$ 150.000 por ano até chegar a um nível no qual as contas conseguem se equilibrar.

4 – Se um tenista passa 5-6 anos jogando sem conseguir obter retorno financeiro, estamos falando de cifras entre R$ 750.000 e quase um milhão de reais (isso corresponde a um apartamento de luxo em grandes cidades brasileiras). Quase metade dos tenistas do estudo continua gastando esse dinheiro anualmente sem obter retorno.

5 – Se os top 50 ITF (novamente, um nível altíssimo) têm toda essa dificuldade com o tênis profissional, pode-se imaginar que quem não conseguiu chegar a um nível top 50 ITF tenha mais dificuldade e precise de mais tempo (e mais dinheiro) até cavar seu espaço no profissional.

6 – Dentre os 24% que escolheram o tênis universitário, vários deles já estão de volta ao circuito e em situação melhor ou igual do que muitos que optaram por seguirem jogando futures (e gastaram muito menos durante o tempo na faculdade).

Abaixo alguns nomes de tenistas que estavam no estudo e optaram por faculdades nos EUA:

– Roberto Quiroz (Equador) está atualmente no último ano da University of Southern California e está em 520º do mundo, tem 23 anos. Era o 7º do mundo ITF em 2010.

– Mitchel Frank (Estados Unidos) está atualmente no último ano da University of Virginia, tem 22 anos e está em 580º do mundo. Era o 6º do mundo ITF em 2009.

– Tennys Sandgreen (Estados Unidos) foi para a University of Tennessee e se formou, tem 24 anos e está atualmente em 350º do mundo. Era o 24º do mundo ITF em 2009.

– Nicholaas Scholtz (África do Sul) se formou pela University of Mississippi e está atualmente em 445º do mundo, está com 24 anos. Era o 41º do mundo ITF em 2009.

– Marcelo Arevalo (El Salvador) estudou na Tulsa University por 3 anos. Voltou para o circuito e é atualmente o 305º do mundo. Tem 24 anos. Era o 12º do mundo ITF em 2008.

– Chase Buchanan (Estados Unidos) se formou na Ohio State University, voltou para o circuito e é atualmente o 195º do mundo, tem 24 anos. Era o 14º do mundo ITF em 2008.

– Henrique Cunha (Brasil) se formou na Duke University, tem 25 anos, voltou para o circuito e está em 255º do mundo, tem 25 anos. Era o 16º do mundo ITF em 2008.

– Bradley Klahn (Estados Unidos) se formou na Stanford University, voltou para o circuito e é atualmente o 241º do mundo (já foi 65), tem 25 anos. Era o 18º do mundo ITF em 2008.

– Jarmere Jenkins (Estados Unidos) se formou pela University of Virginia, voltou para o circuito e atualmente é o 205º do mundo, tem 25 anos. Era o 24º do mundo ITF em 2008.

– Blaz Rola (Eslováquia) estudou na Ohio State University por 3 anos, voltou para o circuito e agora é 95º do mundo, tem 25 anos. Era o 38º do mundo ITF em 2008.

– Jose Hernandez (República Dominicana) jogou 3 anos pela University of North Carolina, voltou para o circuito e está em 190º do mundo, tem 25 anos. Era o 44º do mundo ITF em 2008.

Com apoio da Daquiprafora e bolsa da Fundação Lemann, Rafael jogou nos EUA e se formou em Marketing

Rafael Garcia - LemannQuando estava no seu último ano como juvenil, aos 18 anos de idade, Rafael Garcia recebeu algumas propostas e não hesitou: decidiu estudar fora do país, mas sem largar o tênis, jogando no circuito universitário norte-americano.

Rafael foi com o apoio do Daquiprafora, umas das principais empresas no assessoramento de atletas e estudantes para universidades nos Estados Unidos, e da Fundação Lemann, reconhecida por auxiliar tenistas, entre outros, a irem para os Estados Unidos jogar o circuito universitário em várias modalidades esportivas.

Dessa forma, Rafael, que é formado em Marketing pela Texas Tech University, nos contou um pouco sobre a sua experiência em território norte-americano.

Quando e como surgiu a oportunidade de ir para os EUA estudar e jogar o circuito universitário?

Surgiu aos 18 anos, durante meu último ano de juvenil, quando recebi propostas de algumas universidades.

Em qual lugar você nasceu e morava aqui no Brasil?

Eu nasci em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, mas aos 15 anos me mudei para o Rio de Janeiro, onde morei por 3 anos, e aos 18 anos fui para São Paulo.

Qual foi a universidade escolhida? O que você cursou?

Escolhi ir para a Texas Tech University, por inúmeras razões. O Marcelo Ferreira, hoje Head Coach da Pepperdine, mas na época treinador da Texas Tech, fez um trabalho excelente de recrutamento comigo. Além disso, sabia da ida de outros brasileiros pra lá, e por saber de suas qualidades como tenistas e pessoas não tive dúvida que era pra lá que queria ir. Eu cursei Marketing e fui muito feliz com minha escolha pois tive excelentes professores e aulas muito interessantes.

Qual era a sua expectativa quando partiu para os EUA?

Em termos de estrutura eu já tinha a expectativa de que seria algo de outro mundo. Eu pesquisei muito sobre a Texas Tech, já sabia de seu campus enorme (maior dos EUA), e que a estrutura da atlética era incrível. Já com relação ao tênis, eu me surpreendi bastante. A princípio eu não imaginava que o nível seria tão alto. Muitos dos jogadores que cruzei durante a carreira de college estão hoje entre os top 150 do mundo em menos de 3 anos no circuito.

Quais foram as principais dificuldades? Já sabia falar inglês fluentemente?

A única dificuldade que encontrei bem no comecinho foi de assistir aulas em inglês. Eu falava inglês em um nível bom, mas não dominava a língua. Claro que sentia falta da minha família e amigos, mas sempre soube que eles estariam lá para mim e que isso era algo passageiro.

Qual foi a importância do Daquiprafora e da Fundação Lemann nesse projeto?

Foi fundamental. O Felipe Fonseca, fundador da Daquiprafora, foi a primeira pessoa a falar comigo sobre College Tennis. Tomei a decisão de ir para os EUA restando muito pouco tempo para passar pelo processo de admissão, e se não fosse a Daquiprafora tenho certeza que não teria dado certo. Tão importante quanto a Daquiprafora, foi a bolsa Lemann que recebi (providenciada pela Fundação Lemann), pois sem essa bolsa não teria ido para os EUA. Sem dúvida alguma devo muito a ambas as partes por tornar esse projeto realidade.

Como essa experiência o auxiliou na busca pela inserção no mercado de trabalho depois da universidade?

Fiz muitas amizades e conheci muitas pessoas nos EUA, e por conta disso recebi uma oferta de estágio em Nova Iorque logo que me graduei. Passei um ano incrível por lá antes de voltar ao Brasil. Acredito que esse é um dos maiores benefícios de fazer faculdade lá nos EUA. Além da estrutura fantástica, você tem contato com centenas de culturas, e também tem a oportunidade de fazer um networking enorme.

Você decidiu permanecer nos EUA ou voltar ao Brasil? Ainda tem contato com a universidade?

A princípio queria ficar por lá, mas depois desse ano percebi que seria mais interessante voltar ao Brasil. Mantenho contato com meu treinador de lá e estou sempre por dentro de como a atlética está indo, especialmente o tênis.

Qual é o seu trabalho atual?

Hoje trabalho na Daquiprafora, onde sou um dos coordenadores de universidades. Tem sido uma experiência e oportunidade incrível continuar vivendo um pouco da experiência de College com essa nova geração de atletas e estudantes.

Você recomenda a experiência aos jovens que ainda estão em dúvida sobre o circuito universitário?

Sim, sem dúvida alguma. É uma oportunidade única de continuar jogando tênis em alto nível e ao mesmo tempo conciliar os estudos em um sistema de ensino de alta qualidade.

Tenistas de Instituição Pública faturam título em Curitiba e vão a Barcelona

A decisão do título de simples da categoria 14 anos masculino e feminino, foi marcada por disputas acirradas nas quadras da Prieto Tennis Ecoville, em Curitiba. Os atletas de escolas públicas,Vanessa Serrute da Silva, integrante do projeto social Instituto Ícaro e estudante do colégio estadual Olavo Del Claro, e Eduardo Taiguara Dias, aluno-atleta da Escola Estadual Doracy Cezarino, foram campeões nos 14 anos, da seletiva paranaense do Circuito de Tênis Escolar e Universitário, que é apresentado pelo Itaú por meio da Lei do Incentivo ao Esporte. Com o resultado, os dois asseguraram como prêmio uma bolsa de treinamento de tênis em Barcelona, na Sánchez-Casal e um curso de idiomas (inglês ou espanhol).

Tenistas de instituição pública faturam título em Curitiba e vão a Barcelona

A partida mais disputada foi a do masculino. Eduardo Taiguara conseguiu impor melhor o seu jogo no primeiro set, mas o seu adversário, o estudante do colégio Marista Paranaense, Matheus Ramos voltou com força no segundo set, levando a decisão para o tié-break. O placar finalizou em 6/4 6/7 – 12/10, com vitória de Taiguara. “Foi um jogo duro, pois o Matheus é um adversário forte”, destaca. “Estou muito feliz com a conquista do título. E agora, vou ficar contando os dias para ir à Espanha. Quero aproveitar o treino para melhorar o meu físico, a técnica e o saque. Acho que vai ser importante para mim”, comenta o sócio-atleta do Clube Curitibano, que se espelha em Rafael Nadal para ser um tenista profissional.

 

No feminino, Vanessa Serrute da Silva faturou pela segunda vez o título. Ela que foi campeã em 2013 pela categoria 12 anos, superou na final a adversária Maria Eduarda Oliveira (Bom Jesus – Cristo Rei), por 6/3 6/2. “O primeiro set foi mais difícil por conta da ansiedade, mas no segundo entrei mais tranquila”, observa. “É uma alegria grande conquistar esse título e a viagem. É mais um passo que eu consigo dar na caminhada para ser profissional. Este treino na Espanha vai contribuir muito para isso”, ressalta.

 

Vanessa é aluna do projeto de tênis do Instituto Ícaro, que atende cerca de 150 tenistas. Ela faz parte da equipe competitiva do projeto. “Eu comecei no tênis por indicação de um primo meu que conhecia o professor do Instituo. Fui fazer as aulas e gostei muito. Antes, eu não tinha nada para fazer a tarde. E, agora, eu ocupo o meu tempo nos treinos. O meu sonho é ser profissional e jogar muitos torneios internacionais”, comenta a atleta que tem como inspiração a russa Maria Sharapova.

 

O EVENTO

Em formato dividido entre chaves masculina e feminina, as disputas acontecem em diferentes categorias, como 12 anos, 14 anos, 18 anos (para jogadores a partir dos 15 anos) e universitário, que aceita inscrições somente de alunos da graduação.

 

EXPERIÊNCIA EM BARCELONA

Segundo Sergio Casal, proprietário da Academia Sánchez-Casal, os tenistas brasileiros terão uma oportunidade especial para elevar o nível técnico e trocar experiências com treinadores e jogadores de diversas nacionalidades. “Estamos felizes por receber os tenistas brasileiros. Esta é uma oportunidade incrível para estes jogadores vivenciarem uma experiência internacional, treinar em alto nível com treinadores e jogadores de diferentes nações, um intercâmbio fundamental para o atleta se desenvolver dentro e fora das quadras.”, disse o ex-número 1 de duplas do mundo e medalhista de prata nas Olimpíadas de Seul, em 1988.

 

EDUCAÇÃO E ESPORTE

Ao longo de sua história, o Circuito de Tênis Escolar e Universitário tem como objetivo aliar estudo e a prática esportiva na vida dos jovens, um projeto que busca claramente transformar a vida das pessoas. Ele já premiou mais de 200 alunos e diversas instituições de ensino do País nos últimos anos.

 

O Circuito de Tênis Escolar e Universitário é apresentado por Itaú, por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, com o copatrocínio da Azul – a transportadora oficial. A organização é do Instituto Sports.

 

Tiago Espírito Santo contou com dica de treinador de Feijão para jogar o circuito universitário nos EUA

Tiago Espírito Santo 2Em 2004, Tiago Espírito Santo treinava no Rio de Janeiro com Ricardo Acioly, atual treinador de João Souza, o Feijão, quando o seu então treinador, diante da demora para encontrar os resultados que queriam como profissional, o apresentou uma ideia que ele ainda não havia cogitado: jogar no circuito universitário norte-americano.

A partir da decisão tomada, ele contou com o apoio do Daquiprafora, umas das principais empresas no assessoramento de atletas e estudantes para universidades nos Estados Unidos, e da Fundação Lemann, reconhecida por auxiliar tenistas, entre outros, a irem para os Estados Unidos jogar o circuito universitário em várias modalidades esportivas.

Confira como foi nossa conversa com Tiago, que nos contou sobre o processo de tomar a decisão de ir, a saudade de casa e da namorada, além da experiência e do sucesso nos Estados Unidos.

Quando e como surgiu a oportunidade de ir para os EUA estudar e jogar o circuito universitário?
Em 2004 eu estava morando no Rio de Janeiro onde treinava com o Ricardo Acioly enquanto tentava encarar o circuito profissional, mas os resultados não estavam aparecendo então o Pardal (Ricardo Acioly) me chamou para almoçar um dia e sugeriu a ideia de ir aos Estados Unidos jogar no circuito universitário. O problema foi que para eu poder jogar em uma universidade de primeira divisão eu teria que começar em Janeiro de 2005 que era aproximadamente 3 ou 4 meses de onde estávamos, se não eu não seria mais elegível. Nesse ponto eu mal sabia falar inglês e se decidisse que tennis universitário era a opção eu ainda teria que passar no TOEFL (prova de inglês para estrangeiros que pretendem estudar nos EUA). Tudo isso fez com que o meu prazo para tomar uma decisão sobre algo que mudaria minha vida para sempre fosse de no máximo alguns dias, mas antes de terminar o almoço eu falei pro Pardal que eu topava ir jogar nos EUA. No mesmo dia ele conversou com o Felipe do Daquiprafora e nós começamos a busca por uma universidade.

Em qual lugar você nasceu e morava aqui no Brasil?
Eu nasci em Brasília, onde morei até os 17/18 anos de idade, e depois morei no Rio por aproximadamente 2 anos e meio, antes de vir aos EUA.

Qual foi a universidade escolhida? O que você cursou?
A primeira universidade que eu cursei foi a University of South Alabama, mas depois do primeiro semestre eu transferi para Wichita State University, onde me formei em Marketing, em 2009.

Qual era a sua expectativa quando partiu para os EUA?
Eu estava tão confuso quando vim estudar e jogar aqui que eu não sabia o que esperar. Na minha cabeça o tennis universitário era a última coisa que eu queria fazer, pois o meu sonho era de ser um jogador profissional e como muitos eu acreditava que o tennis universitário nunca me forneceria essa chance. Eu estava errado, hoje em dia o tennis universitário nos EUA está tão competitivo que muitos jogadores estão terminando a universidade e tornando-se tenistas profissionais.

Quais foram as principais dificuldades?
O meu inglês era bem fraco quando eu cheguei, mas eu fiz questão de não conversar com ninguém em espanhol (que eu já sabia) ou português até que eu aprendesse bem o inglês. Mas, no princípio, a parte que foi mais difícil pra mim foi a saudade da namorada que eu deixei no Brasil, e dos amigos também.

Qual foi a importância do Daquiprafora e da Fundação Lemann nesse projeto?
Ambos foram fundamentais, sem o Daquiprafora seria muito difícil, ou mesmo impossível, conseguir organizar toda a papelada necessária, e a Fundação Lemann entrou com o apoio financeiro, que não foi pouco.

Como essa experiência a auxiliou na busca pela inserção no mercado de trabalho depois da universidade?
Durante as férias de verão eu ia à Nova York dar aulas de tennis por 3 meses, e essa experiência foi fundamental para o que eu faço hoje.

Por que você decidiu permanecer nos EUA?
Quando me formei em 2009 eu já tinha bem claro o que queria fazer, e era ser diretor de tennis em um clube de Nova York, onde eu poderia trabalhar nos verões e tirar férias no resto do ano. Hoje sou diretor de tennis do American Yacht Club em, NY, mas ainda não descobri como tirar férias pelo resto do ano (risos).

Qual é o seu trabalho atual?
Hoje eu tenho uma empresa chamada Ace Racquet Sports, que se dedica a administração de instalações e programas de tennis. Nosso mercado alvo são clubes, hotéis e resorts. Atualmente, American Yacht Club é nosso único cliente, mas nós sós estamos começando.

Pretende voltar para o Brasil?
Brasil sempre será o que eu chamo de casa e tenho muita vontade de poder passar mais tempo por aí, e quem sabe um dia voltar, mas eu ainda não vejo muita valorização para o que eu gosto de fazer. Eu posso estar enganado, mas qualquer atividade ou negócio relacionado ao esporte ainda não tem o retorno que merece no Brasil. Aqui, por outro lado, eu sei que se eu trabalhar duro eu posso viver bem.

Você recomenda a experiência aos jovens que ainda estão na dúvida sobre o circuito universitário?
Definitivamente sim. Ao contrário do que eu erroneamente pensava, o tennis universitario é sim um caminho muito bom para quem quer se tornar um tenista profissional. O nível de competição é altíssimo e fornece tempo para tenistas mais jovens amadurecerem e conseguirem encarar o circuito profissional mais tarde. Outro lado é também a qualidade das universidades e cursos nelas oferecidos, é uma coisa de outro mundo. Para o jovens que estejam mais focados na parte acadêmica, muitas universidades daqui estão entre as melhores do mundo.