João Lucas, Wild e Alves estreiam com vitória na chave juvenil de Roland Garros

Dos cinco brasileiros que entraram em quadra pela chave juvenil, três saíram com a vitória na primeira rodada de Roland Garros, segundo Grand Slam da temporada.

O primeiro a entrar em quadra e vencer foi Thiago Wild, que não teve grandes dificuldades pra bater o argentino Thiago Agustin Tirante, em sets diretos, com parciais de 6/3 e 6/2, classificando-se para enfrentar o sul-coreano Uisung Park.

Quem também venceu foi João Lucas Reis da Silva, que conseguiu uma boa virada diante do argentino Juan Manuel Cerundolo, cabeça de chave nº 14, por 4/6 6/4 6/1 e agora terá pela frente o francês Jamiee Floyd Angele.

A outra vitória brasileira no dia foi de Mateus Alves, que passou pelo sul-africano Philip Henning por 7/6(2) e 6/2. Na segunda rodada, encara o dominicano Nick Hardt.

Mateo Barreiros Reyes foi eliminado pelo cazaque Timofei Skatov, 6º favorito da chave, com parciais de 7/5 e 6/2, enquanto Ana Paula Melilo, única representante na chave feminina, foi superada pela suíça Lulu Sun por 7/5 e 6/1.

Cinco brasileiros estreiam neste domingo na chave juvenil de Roland Garros

Cinco brasileiros estão na chave masculina juvenil de Roland Garros, segundo Grand Slam da temporada, que terá a categoria iniciada neste domingo, já com quatro deles em ação.

Principal esperança do Brasil na chave, Thiago Wild é o cabeça de chave nº 8 e vai fazer sua estreia contra o argentino Thiago Agustin Tirante.

João Lucas Reis da Silva não deve ter uma estreia fácil diante do argentino Juan Manuel Cerundolo, cabeça de chave nº 14, enquanto Mateus Alves também está garantido na chave e sua primeira partida será contra o sul-africano Philip Henning

Mateo Reyes, que ganhou sua vaga na chave depois de vencer uma competição contra tenistas da Índia e da China, enfrenta  cazaque Timofei Skatov, 6º favorito da chave, e Gilbert Klier Junior enfrenta o norte-americano Tyler Zink, sendo este o único brasileiro que não tem estreia marcada para este domingo.

Na chave feminina, apenas uma brasileira, Ana Paula Melilo, que também ganhou sua vaga no torneio contra Índia e China, e também fará sua estreia no domingo.

Estudo realizado pelo Daquiprafora aponta que ser top 50 juvenil não é garantia de sucesso como profissional

DaquipraforaCom o objetivo de identificar padrões de resultados obtidos por tenistas que chegaram a um nível muito alto no juvenil, considerando o top 50 do ranking da Federação Internacional de Tênis, o Daquiprafora, umas das principais empresas no assessoramento de atletas e estudantes para universidades nos Estados Unidos, pesquisou e analisou resultados de tenistas nessa faixa de ranking nos anos 2008, 2009 e 2010 e o seu desmepenho como profissional, supondo-se que o tempo de 4 a 7 anos seria razoável para um bom ex-juvenil se firmar no top 200 profissional, ou no top 100 de duplas (faixas de ranking que começam a dar retorno do investimento na carreira).

Com o próprio site da ITF como fonte, é possível chegar a alguns resultados interessantes, como os listados nos pontos abaixo:

– Dos 132 jogadores do estudo (18 jogadores se repetiram nos rankings), 26 deles já acharam seu espaço no top 200 de simples ou top 100 de duplas.

– Dos 132 jogadores, 32 deles optaram pelo caminho do tênis universitário e receberam generosas bolsas de estudos.

– Dos 132 jogadores do estudo, 15 nem foram para a faculdade nos EUA e nem seguiram tentando jogar profissional.

– Dos 132 jogadores, 59 deles continuam tentando espaço no top 200 (sendo que 22 deles não arrumaram espaço no top 500 ainda, 4 a 7 anos após terminar o juvenil).

Ver tabela abaixo:

Tabela Daquiprafora

Conclusões:

1 – Se chegar ao top 50 juvenil já é difícil, chegar ao top 200 profissional é muito mais.

2 – Quem chega ao top 50 ITF está jogando um nível altíssimo de tênis e ainda assim apenas 20% deles conseguiu chegar a um nível profissional que traga pelo menos algum retorno.

3 – Para jogar torneios, um jogador profissional vai precisar dispor de pelo menos R$ 150.000 por ano até chegar a um nível no qual as contas conseguem se equilibrar.

4 – Se um tenista passa 5-6 anos jogando sem conseguir obter retorno financeiro, estamos falando de cifras entre R$ 750.000 e quase um milhão de reais (isso corresponde a um apartamento de luxo em grandes cidades brasileiras). Quase metade dos tenistas do estudo continua gastando esse dinheiro anualmente sem obter retorno.

5 – Se os top 50 ITF (novamente, um nível altíssimo) têm toda essa dificuldade com o tênis profissional, pode-se imaginar que quem não conseguiu chegar a um nível top 50 ITF tenha mais dificuldade e precise de mais tempo (e mais dinheiro) até cavar seu espaço no profissional.

6 – Dentre os 24% que escolheram o tênis universitário, vários deles já estão de volta ao circuito e em situação melhor ou igual do que muitos que optaram por seguirem jogando futures (e gastaram muito menos durante o tempo na faculdade).

Abaixo alguns nomes de tenistas que estavam no estudo e optaram por faculdades nos EUA:

– Roberto Quiroz (Equador) está atualmente no último ano da University of Southern California e está em 520º do mundo, tem 23 anos. Era o 7º do mundo ITF em 2010.

– Mitchel Frank (Estados Unidos) está atualmente no último ano da University of Virginia, tem 22 anos e está em 580º do mundo. Era o 6º do mundo ITF em 2009.

– Tennys Sandgreen (Estados Unidos) foi para a University of Tennessee e se formou, tem 24 anos e está atualmente em 350º do mundo. Era o 24º do mundo ITF em 2009.

– Nicholaas Scholtz (África do Sul) se formou pela University of Mississippi e está atualmente em 445º do mundo, está com 24 anos. Era o 41º do mundo ITF em 2009.

– Marcelo Arevalo (El Salvador) estudou na Tulsa University por 3 anos. Voltou para o circuito e é atualmente o 305º do mundo. Tem 24 anos. Era o 12º do mundo ITF em 2008.

– Chase Buchanan (Estados Unidos) se formou na Ohio State University, voltou para o circuito e é atualmente o 195º do mundo, tem 24 anos. Era o 14º do mundo ITF em 2008.

– Henrique Cunha (Brasil) se formou na Duke University, tem 25 anos, voltou para o circuito e está em 255º do mundo, tem 25 anos. Era o 16º do mundo ITF em 2008.

– Bradley Klahn (Estados Unidos) se formou na Stanford University, voltou para o circuito e é atualmente o 241º do mundo (já foi 65), tem 25 anos. Era o 18º do mundo ITF em 2008.

– Jarmere Jenkins (Estados Unidos) se formou pela University of Virginia, voltou para o circuito e atualmente é o 205º do mundo, tem 25 anos. Era o 24º do mundo ITF em 2008.

– Blaz Rola (Eslováquia) estudou na Ohio State University por 3 anos, voltou para o circuito e agora é 95º do mundo, tem 25 anos. Era o 38º do mundo ITF em 2008.

– Jose Hernandez (República Dominicana) jogou 3 anos pela University of North Carolina, voltou para o circuito e está em 190º do mundo, tem 25 anos. Era o 44º do mundo ITF em 2008.

Orlandinho perde para norte-americano nas oitavas de final de Roland Garros

Orlandinho - Santos peqNesta quarta-feira, Orlando Luz, o Orlandinho, juvenil nº 1 do mundo, perdeu nas oitavas de final de Roland Garros, segundo Grand Slam da temporada, disputado no saibro de Paris, na França.

Principal favorito da chave, o brasileiro, assim, como nos dois jogos anteriores, perdeu o primeiro set, empatou a partida na sequência mas, dessa vez, foi superado na parcial decisiva. No fim, vitória do norte-americano Reilly Opelka, com parciais de 7/5 4/6 e 7/5.

Orlandinho ainda entra em quadra nesta quarta para jogar as oitavas de duplas ao lado do norte-americano Taylor Harry Fritz. Cabeças de chave nº 1, eles encaram os japoneses Sora Fukuda e Yosuke Watanuki.

Torneio seletivo no Brasil para chave juvenil de Roland Garros tem inscrições abertas

Quadra  Philippe Chatrier peqA Confederação Brasileira de Tênis informa que estão abertas as inscrições para a edição brasileira do “Rendez-Vous à Roland Garros”, um torneio para tenistas juvenis do Brasil que terá como prêmio a disputa de uma vaga na chave feminina e na masculina de Roland Garros Junior 2015.

O torneio “Rendez-Vous à Roland Garros” do Brasil será realizado entre os dias 16 e 19 de abril em duas quadras de saibro do Clube Paineiras do Morumby, em São Paulo, com chaves masculinas e femininas contendo 16 jogadores.

As inscrições estão abertas até o dia 10 de abril no sistema da CBT, disponível no site www.tenisintegrado.com.br. Para participar da competição, o tenista deve ter ranking ITF Juniors (até 18 anos) e não pode estar entre a 1ª e a 45ª posição.

“A ideia é justamente possibilitar a entrada no grand slam dos juvenis que não estiverem com ranking para a entrada direta no torneio, pois ranqueados até 48º garantem vaga na chave principal”, explica Jorge Lacerda, presidente da CBT.

Serão aceitos diretamente por ordem de melhor posição no ranking ITF Junior, 15 tenistas, enquanto a 16ª vaga será um Wild Card a ser escolhido pelo clube entre tenistas que tenham ranking ITF Junior.

O sorteio das chaves será realizado no dia 15 de abril, em um coquetel que acontecerá no Clube Paineiras do Morumby. A programação será disponibilizada logo após o sorteio.

Os campeões do Rendez-Vous à Roland Garros Brasil viajarão com todas as despesas pagas para um triangular que será disputado em Paris com os vencedores das edições realizadas na China e na Índia. O campeão deste triangular terá um convite direto para a chave principal do Grand Slam juvenil francês, enquanto os outros dois participantes terão Wild Card para o qualifying.

O torneio faz parte de uma parceria fechada entre a Federação Francesa de Tênis e a Confederação Brasileira de Tênis, que se estende à troca de “know-how” visando o desenvolvimento, o legado dos Jogos Olímpicos Rio-2016, a capacitação dos departamentos e de informações como o modelo de atuação da FFT junto às federações e clubes franceses.

“Escolhemos o Brasil em função do trabalho que vem sendo desenvolvido pela CBT nos último anos. O Brasil vem conquistando excelentes resultado com os juvenis em Roland Garros, e vimos a importância de estabelecer uma parceria a longo prazo com a CBT. Há também uma história profunda, em função de tudo o que o brasileiro Gustavo Kuerten construiu ao longo da sua trajetória em Roland Garros”, afirma Lucas Douburg, gerente da FFT, que esteve na sede da CBT e acompanhou todas as reuniões para o acordo.

“Acho bola dentro esta parceria porque a França é o país que mais tem se destacado no tênis, nos últimos anos, com vitórias em Copa Davis, títulos extraordinários, e ainda na formação de atletas. Eles têm a fórmula certa para aproximar as pessoas, as crianças do tênis. Essa parceria abre um caminho excelente de aprendizado para o Brasil”, avalia Gustavo Kuerten.

Outro grande evento também será promovido no Brasil pela FFT: Roland Garros in the city. A ação sera durante a realização do Grand Slam, que acontece de 26 de maio a 7 de junho, com atividades de tênis em uma quadra de saibro, exposição de patrocinadores e telão para acompanhar os jogos, tudo isso com entrada gratuita e previsto para acontecer no Rio de Janeiro, nos mesmos moldes do que foi realizado em Pequim, na China, em 2014.