Bia faz história e vai à semi em Roland Garros

Beatriz Haddad Maia vai escrevendo a sua própria história em Roland Garros. A brasileira derrotou Ons Jabeur, a número 7 do mundo, de virada, com parciais de 3/6 7/6(5) 6/1 e 2h29 de duração. Esta é a primeira vez que o Brasil tem uma mulher na semifinal de Roland Garros na Era Aberta.

Beatriz Haddad Maia of Brazil – 2023 Roland Garros

“Jogar contra uma tenista tão competitiva quanto a Ons é difícil. Eu tentei ser agressiva o tempo inteiro e estou feliz que eu consegui melhorar o meu tênis e continuar tentando, empurrando. Também estou muito feliz com a minha mentalidade de hoje, porque eu tive que ser muito paciente e esperar pela oportunidade. Consegui melhorar o meu tênis, sacar melhor e melhroar durante o jogo. Estou orgulhosa disso, da minha disciplina”, disse Bia.

“Eu vim pra cá com o primeiro objetivo de estar na terceira rodada. Eu nunca tinha passado de uma segunda rodada em Grand Slam e eu precisava de um objetivo realista. Quando eu atingi, já precisava de outro objetivo. Numa quartas de final todas as tenistas estão jogando bem, então todas podem acreditar que é possível vencer. Eu estava preparada para a partida e sabia que seria muito difícil. Não é nada fácil estar um set abaixo contra a Jabeur e ela estava jogando bem. Quando a partida de hoje terminou, eu só olhei para o meu time e disse ‘Nós conseguimos’. Estou muito feliz com o resultado e muito animada para a próxima partida”, continuou.

Beatriz Haddad Maia – 2023 Roland Garros

Número 1 do Brasil e atual 14ª do ranking, Bia pode atingir outra grande marca para sua carreira e o tênis brasileiro amanhã. A brasileira entrará no Top 10 do ranking mundial caso vá à final ou a tcheca Karolina Muchova perca na semifinal.

O próximo desafio de Bia em Paris será a polonesa Iga Swiatek, a atual número 1 do mundo e bicampeã de Roland Garros. As tenistas se enfrentaram em uma oportunidade no circuito, com vitória da brasileira.

“Ela é a número 1 do mundo e uma das melhores tenistas que temos. Ela é jovem e uma pessoa incrível também, além de já ter ganhado aqui em Roland Garros duas vezes. Eu vou tentar aproveitar e jogar ponto a ponto. Vou deixar tudo em quadra, não tenho nada a perder. Vou tentar o meu máximo, jogar o meu melhor e tentar melhorar o que preciso”, finalizou.

Bia faz história em Paris e vai às 4as

Beatriz Haddad Maia – Roland Garros (Foto WTA)

Beatriz Haddad Maia segue fazendo história em Roland Garros. Na manhã desta segunda-feira, a brasileira superou a espanhola Sara Torribes Tormo, a 132ª do ranking, em 6/7(3) 6/3 7/5 e 3h51 de duração, sendo a partida mais longa da WTA de toda a temporada de 2023.

O feito quebrou um jejum de 55 anos no tênis brasileiro. Bia é a primeira brasileira a chegar às quartas do Grand Slam francês em simples desde Maria Esther Bueno em 1968.

“Estou feliz com o meu jogo de hoje. Hoje foi uma partida de muitos altos e baixos. Sinto que comecei bem e a Sara é muito experiente e lutadora, então ela foi mudando um pouco do jogo e eu tentei ser agressiva para acompanhar. Eu estava set e 3/0 abaixo e ainda assim tentei continuar firme mentalmente. Acho que a chave de hoje foi me perdoar e tentar espremer tudo o que eu tinha. Estou feliz pela briga, pela luta”, disse a tenista, destacando a força mental.

“Hoje vou aproveitar a vitória, mas amanhã já volto aos treinos para melhorar meu tênis, especialmente o saque, que senti que hoje estava abaixo. Obrigada a todos pela força, me sinto preparada para a próxima batalha. Espero contar com a torcida de todos”, continuou, agradecendo os fãs.

Bia também comentou a história que está fazendo em Roland Garros. “Tive a chance de conhecer e conversar com a Maria Esther Bueno e ela foi uma pessoa que nos inspirou muito por muitos anos. Ela era uma mulher

poderosa. Me sinto muito orgulhosa de poder representar o Brasil, mas eu jamais me compararia com ela. Para mim, ela está em outro nível, assim com o Guga. Ela é uma inspiração para mim”, finalizou.

A próxima adversária de Bia será Ons Jabeur, a número 7 do mundo. As tenistas se enfrentaram em duas oportunidades no circuito, com duas vitórias para a tunisiana.

Diana Gabanyi

Jabeur busca seu 1º título de Slam neste sábado, na final do US Open contra a Swiatek

O sábado vai marcar a grande final feminina do US Open, com Iga Swiatek e Ons Jabeur lutando pelo título do quarto e último Grand Slam da temporada, em Nova York.

Favorita, a polonesa não teve vida fácil ao longo da campanha, saindo daquele cenário de domínio com o qual o circuito esteve habituado em boa parte da temporada.

Na semifinal, precisou lutar muito e virar a partida diante da bielorrussa Aryna Sabalenka, que elevou seu nível ao longo das duas semanas do torneio, repetindo a semifinal do ano passado e até de forma surpreendente.

Swiatek foi buscar soluções e, como uma legítima número 1 do mundo, encontrou. Agora, ela vai em busca do seu segundo título de Grand Slam no ano, depois do triunfo em Roland Garros.

Título esse que Jabeur busca pela primeira vez na carreira, chegando a bater na trave em Wimbledon, quando ficou com o vice-campeonato.

Até garantir a vaga na final, a tunisiana cedeu apenas um set ao longo das duas semanas e, na semi, passou pela francesa Caroline Garcia.

Será o quinto jogo entre as duas ao longo da carreira e o segundo nesta temporada. No primeiro, na final do WTA 1000 de Roma, a polonesa ficou com a vitória.

Foto: Jimmie48/WTA

Rybakina entra pra História ao vencer Jabeur e conquistar Wimbledon

O sábado de escrever História em Wimbledon, com a conquista inédita da cazaque Elena Rybakina, que ficou com o título do terceiro Grand Slam da temporada, disputado na grama de Londres, na Inglaterra.

Na grande final, Rybakina viu a favorita do dia, a tunisiana Ons Jabeur, sair na frente, mas não se entregou e reagiu, vencendo de virada, com parciais de 3/6 6/2 e 6/2.

Curiosamente, em um ano em que russos e bielorrussos ficaram de fora do torneio, proibidos pela organização em virtude na guerra na Ucrânia, uma tenista da Rússia fica com o troféu. E de forma bem inesperada. Não apenas neste sábado, quando não era a favorita, mas antes de começar ela não estava entre as mais cotadas e era a cabeça de chave número 17. Porém, pouco a pouco, foi construindo sua campanha de forma sólida.

Antes da final, só havia perdido um set ao longo das duas semanas. Quietinha, como uma boa russa, sem muito alarde e até uma aparente “frieza”, demonstrado até mesmo depois da conquista do título, sem tanta vibração em quadra, Rybakina foi elevando seu nível até triunfar na grama da centenária quadra central de Wimbledon.

Depois do jogo ela foi mais clara com suas emoções, explicando, ou pelo menos tentando, o que estava sentindo naquele momento:

“Estou sem palavras porque estava super nervosa antes da partida, durante a partida e estou honestamente feliz por ter terminado. Eu nunca senti algo assim. Eu não esperava estar na segunda semana em Wimbledon. Para ser uma campeã, é simplesmente incrível. Não tenho palavras para dizer o quanto estou feliz.” disse Rybakina, que ainda fez questão de enaltecer a adversária da final, que vive grande fase do circuito:


“Quero parabenizar Ons pela grande partida e tudo o que você conquistou. É incrível e você é uma inspiração, não apenas para os jovens, mas para todos. Você tem um jogo incrível e não acho que tenhamos alguém assim no circuito. É uma alegria jogar contra você. Corri muito hoje, então acho que não preciso mais me exercitar, honestamente.” afirmou.

Foto do texto: AETC/Jed Leicester

Foto do banner: AELTC/Florian Eisele

Jabeur confirma o favoritismo, bate Mertens e vai às 4ªs de Wimbledon. Niemeier e Maria vencem e fazem confronto alemão por vaga na semi

Os primeiros confrontos das quartas de final da chave feminina de Wimbledon foram definidos neste domingo, após as primeiras quatro partidas válidas pelas oitavas de final do terceiro Grand Slam da temporada, disputado na grama de Londres, na Inglaterra.

A britânica Heather Watson entrou na quadra central com a torcida da casa, mas não conseguiu ter muitas chances diante da alemã Jule Niemeier, número 97 do mundo, que triunfou com parciais de 6/2 e 6/4.

Em um confronto entre duas jogadoras não cotadas, Nimeier vai encarar nas quartas a compatriota Tatjana Maria, que passou pela letã Jelena Ostapenko com parciais de 5/7 7/5 e 7/5.

A tunisiana Ons Jabeur teve muito trabalho, mas superou a belga Elise Mertens em sets diretos, com parciais de 7/6(9) e 6/4. Nas quartas, sua adversária será a tcheca Marie Bouzkova, que bateu a francesa Caroline Garcia por 7/5 e 6/2.

Outros quatro jogos das oitavas serão disputados nesta segunda-feira e o mais esperado do dia será o segundo da programação da quadra central, entre a espanhola Paula Badosa e a romena Simona Halep.

Na quadra 1, a cazaque Elena Rybakina enfrenta a croata Petra Martic, enquanto a norte-americana Amanda Anisimova joga no mesmo local contra a francesa Harmony Tan.

Depois de superar a polonesa Iga Swiatek, a francesa Alize Cornet joga na quadra 2 contra a australiana Alja Tomljanovic.

Foto: AELTC/Florian Eisele