Brasil joga com equipe completa a BJKC em Brasília

O Time Brasil BRB vai com força máxima para o duelo contra a Coreia do Sul, pelos Playoffs da Billie Jean King Cup by Gainbrige. Nesta terça-feira (3), a capitã Roberta Burzagli convocou as cinco atletas que representarão o país na Arena BRB, em Brasília (DF), nos dias 10 e 11 de novembro.

Bia lidera o time na BJKC

Para o confronto contra as coreanas,, Roberta chamou Beatriz Haddad Maia (19ª no ranking da WTA), Laura Pigossi (#122), Carolina Meligeni (#282), Luisa Stefani (10ª no ranking de duplas) e Ingrid Martins (#59 de duplas).

Este é o terceiro confronto consecutivo que Burzagli mantém a mesma equipe. Segundo a capitã, o Time Brasil BRB vai para a quadra com o que tem de melhor. “Fiz as escolhas com base na qualidade técnica das nossas jogadoras, que vêm evoluindo a cada temporada. Outro ponto importante também é a harmonia que essa equipe tem quando se reúne, tanto as jogadoras quanto a equipe técnica. Todas têm um espírito de competição por representar o país e isso faz o time subir de nível como um todo”, comentou.

Ao falar sobre as adversárias, Roberta explica que já conhece as atletas e os pontos em que as brasileiras podem levar vantagem. “Algumas coreanas já passaram pela equipe ITF Júnior do programa Grand Slam Player Development Programme (GSPDP), no qual sou técnica há 19 anos. Posso dizer que elas não são muito habituadas a jogar no saibro, enquanto as brasileiras praticamente aprenderam tênis jogando nesse tipo de piso. Se somarmos o fator casa, com o calor da nossa torcida, posso dizer que tenho boas expectativas para o duelo”, pontuou.

Ingressos

O confronto ainda possui ingressos do 2° lote (com 50% de desconto) disponíveis à venda, no site Ingresso Nacional e são válidos para os dois dias de partidas. Na sexta (10), serão disputados dois jogos de simples, em sequência, a partir das 12h30. Já no sábado, acontecem outras duas partidas de simples, às 10h. Em caso de empate, a decisão acontecerá na partida de duplas.

Bia abre confronto com a Alemanha na BJKC

Bia abre confronto com a Alemanha (Foto Green Filmes)
Já está definida a ordem dos jogos do confronto entre o Time Brasil BRB e a Alemanha pelos Qualifiers da Billie Jean King Cup by Gainbridge. Em sorteio realizado nesta quinta-feira, na Arena Porsche, em Stuttgart, a tenista número 1 do Brasil e 14ª do mundo, Beatriz Haddad Maia, abrirá o confronto diante de Anna-Lena Friedsam, número 2 da Alemanha e 91ª, nesta sexta-feira (14). A seguir, Laura Pigossi, número 2 e 124ª, enfrenta Tatjana Maria, número 1 e 71ª. As partidas terão transmissão ao vivo na ESPN 3 e Star+.


No sábado (15), os jogos começam com Bia enfrentando Tatjana Maria e Laura contra Anna-Lena Friedsam. Nas duplas, o Time Brasil BRB está escalado com Bia e Luisa Stefani, que encaram Jule Niemeier e Laura Siegemund.

Bia está pronta para abrir o confronto e confiante na vitória. “Nunca joguei contra a Friedsam, uma jogadora dura, conheço ela dos torneios, treinamos poucas vezes juntas. Vou tentar fazer o que venho trabalhando nos últimos torneios e deixar tudo na quadra para sair com o primeiro ponto para o Brasil”, disse Bia. 

A escalação da Alemanha não surpreendeu a capitã Roberta Burzagli. “Já prevíamos essa escalação, por causa dos resultados que as jogadoras têm tido ultimamente. O sorteio saiu do jeito que a gente queria com a Bia abrindo o confronto. Agora é se preparar bem para o primeiro jogo”, contou. “Como sempre, chegamos uns dias antes, treinamos bastante aqui, estamos bem preparadas, o time está com uma energia muito boa e vamos com tudo”, acrescentou.

Brasil conquista o Zonal Americano e volta a disputar Playoff Mundial da Fed Cup

O Brasil disputará, mais uma vez, o Playoff do Grupo Mundial II da Fed Cup, principal competição entre países do tênis feminino.

Com uma campanha invicta, as brasileiras chegaram à final, disputada neste sábado, no saibro colombiano de Medellín, para mais uma disputa equilibrada contra o Paraguai.

Porém, Carolina Meligeni Alves não sentiu a pressão e se impôs diante da experiente Montserrat Gonzalez para anotar 6/3 e 6/2 com certa tranquilidade.

Depois foi a vez de Bia Haddad passar por mais uma dura adversária, Veronica Cepde Royg, também em sets diretos, com parciais de 6/2 e 6/3, garantindo o título do Brasil no Zonal Americano.

A última vez que o Brasil disputou o Playoff do Grupo Mundial II foi em 2014, quando a equipe foi superada em casa pela forte equipe suíça de Timea Bacsinszky e Belinda Bencic.

Vale lembrar também que foi uma estreia vitoriosa da capitã Roberta Burzagli no comando da equipe brasileira.

Roberta Burzagli convoca equipe para a Fed Cup com Bia Haddad e Carol Meligeni

A capitã Roberta Burzagli definiu a equipe do Brasil que disputará o Zonal Americano I da Fed Cup, entre 6 e 9 de fevereiro de 2019, no Club Campestre, em Medellin, na Colômbia. A nova técnica da equipe brasileira convocou as paulistas Beatriz Haddad Maia e Carolina Meligeni, números 1 e 2 do país no ranking de simples da WTA, respectivamente, a gaúcha Gabriela Cé, terceira brasileira mais bem colocada, e também a paulista Luisa Stefani – que deve reeditar a parceria vitoriosa com Bia na dupla. Além da estreante Thaísa Pedretti, de 19 anos, que integrará o time como jogadora de transição do juvenil para o profissional para adquirir experiência.

Em 2018, a equipe brasileira fez uma excelente campanha no Playoff, em Assunção, no Paraguai, e por pouco não conseguiu a vaga para o Grupo Mundial. As meninas do Brasil conquistaram uma vitória histórica sobre a favorita Argentina na negra da dupla, na semifinal, mas acabaram superadas pelas paraguaias, donas da casa, na decisão e ficaram com o vice-campeonato.

“Fizemos uma excelente campanha este ano, a classificação não veio por pouco. Com a total autonomia que a CBT me dá para compor tecnicamente a equipe, optei por manter a mesma base. Conheço super bem as meninas. Trabalhei com a Carol e a Luisa na ITF. A Bia conheço desde criança, a Gabi também estava com a gente na Fed deste ano, que fui como auxiliar. E também conheço a Thaísa do juvenil. Estou muito feliz de poder trabalhar com meninas do meu país”, afirmou Burzagli, que há 14 anos é técnica do quadro da ITF.

“A convocação atendeu a critérios técnicos, levou bastante em conta o ano das meninas, principalmente da Carol e da Gabi, que foram bem. A Bia teve uma lesão que a afastou das quadras por um tempo, mas já está totalmente recuperada e fez final num ITF de $80 mil, no mês passado. A Luisa é uma jogadora nova, ótima duplista, tem um excelente entrosamento com a Bia. As duas foram decisivas no ponto da dupla na nossa campanha na Fed deste ano e terminaram a competição invictas. Elas, incluive, jogaram alguns torneios do Circuito juntas este ano. E a Thaísa, que é outra menina nova, faz parte do nosso processo de renovação, e pude conhecer melhor no Encontro Internacional da CBT”, explicou Burzagli, que terá como auxiliar o técnico Luiz Peniza.

A número 1 do Brasil e atual 185 da WTA, Bia Maia, de 22 anos, foi um dos destaques na última edição da Fed Cup, no Paraguai, e está motivada para fazer mais uma boa campanha. “Estou bem contente com a convocação. É muito especial jogar a Fed Cup pelo Brasil, jogar por equipe durante uma semana, já que sempre jogamos sozinhas. Será mais uma semana especial, onde cada uma tem um papel fundamental para a energia do time ficar top. Este ano fomos vice, mas tenho certeza que estamos no caminho certo. Todas as equipes são duras, mas temos totais condições também”, avaliou Bia, que também falou sobre a parceria bem-sucedida com Luisa Stefani. “Nós estamos ainda mais entrosadas, jogamos juntas alguns torneios este ano quando nosso calendário coincidiu. Nos damos muito bem dentro e fora das quadras e isso ajuda muito”, ressaltou.

Após ficar de fora da Fed deste ano por questões de calendário e ter uma excelente temporada encerrando como número 2 do país, Carol Meligeni também está contente em voltar a defender o Brasil. “Queria agradecer à Beta, ao Peniza e à CBT pela confiança. Fiquei muito feliz quando soube da convocação, tem um gostinho muito especial representar o Brasil numa competição por equipes, que quase não tem no tênis. Ainda mais ao lado dessas meninas, com as quais me dou super bem. A comissão técnica também, com a Beta e o Peniza, que conheço desde pequenininha, já viajamos juntos algumas vezes e as experiências sempre foram positivas. Estou muito contente em fazer parte desse time, muito motivada para fazer o melhor possível junto com as meninas. Temos tudo para fazer uma bela campanha na Fed”, projetou.

Atleta mais experiente do time, Gabriela Cé, de 25 anos, vai para sua sétima convocação e acredita que a equipe chegará com mais confiança e ritmo na Colômbia”. “Sempre legal representar o Brasil. Tomara que este ano consigamos ir ainda melhor. Estou bem motivada pelo que vem pela frente. Será legal que todas nós já vamos chegar com bastante ritmo de torneios para a Fed, o que ajuda bastante. Eu também comecei a me encontrar um pouco mais, estou longe de onde quero estar, mas agora sei que pelo menos estou no caminho”, destacou Cé, que foi campeã do ITF de Luque, no Paraguai, em setembro.

Convocada pela terceira vez e invicta em jogos de Fed Cup, Luisa Stefani, de 21 anos, destacou o bom relacionamento com a capitã Roberta Burzagli. “Queria agradecer à Beta e à CBT pela confiança mais uma vez. Já viajei com a Beta algumas vezes no juvenil e confio muito nela como amiga, treinadora, alguém que eu posso ligar para pedir conselhos. Ela se dá bem com todas as meninas e tem muito a acrescentar com a experiência dela. Estou bem animada com essa equipe e minha expectativa é que a gente se classifique para o Grupo Mundial”, projetou a tenista, que ainda falou sobre a parceria com a Bia. “Sobre a dupla com a Bia, ano passado fomos bem. Foi a primeira vez que jogamos juntas e acho que nosso estilo de jogo se encaixou bem. Jogamos o ITF de Vancouver juntas esse ano também. Tem alguns detalhes que temos que melhorar, mas acho que é só questão de treino para nos entrosarmos ainda mais”, acrescentou.

A paulista Thaísa Pedretti, que integrará a equipe como alteta de transição para ganhar mais experiência, também está empolgada por fazer parte do time. “Estou muito contente. Sempre foco muito no trabalho, consequentemente muitas coisas boas aparecem. Tenho certeza que essa experiência será muito positiva para meu crescimento como atleta profissional. Há duas semanas estivemos no Encontro Internacional em Florianópolis, onde convivi com a Beta e as meninas, e também foi incrível, então estou bastante feliz”, concluiu.

Roberta Burzagli é a nova capitã do Brasil na Fed Cup

O Brasil terá novidades para o Zonal Americano I da Fed Cup em 2019, que será disputado entre os dias 6 e 9 de fevereiro no Club Campestre, na cidade de Rionegro, a 53 km de Medellin, na Colômbia.

A paulista Roberta Burzagli é a nova capitã da equipe brasileira. Ela substitui o gaúcho Fernando Roese, que comandou o time nacional entre 2016 e 2018 e neste ano levou a equipe à final do Zonal Americano I em Assunção, no Paraguai.

Projetando novamente a ida ao Playoff do Grupo Mundial e fortalecer o tênis feminino com um trabalho integrado desde a base, a Confederação Brasileira de Tênis decidiu iniciar um novo ciclo na equipe e agradece a Fernando Roese pelos serviços prestados, além de desejar boa sorte na sequência da carreira do treinador, que segue com uma ótima relação com a CBT.

“Estamos muito satisfeitos com o trabalho realizado pelo Fernando Roese nesses anos, e agora acreditamos que com a entrada da Roberta com toda sua experiência podemos crescer mais ainda. Nosso objetivo é desenvolver um novo trabalho com o feminino para desenvolvermos um projeto sólido para atingirmos resultados muito mais expressivos pra os próximos anos com as categorias de base projetando ao alto rendimento, transição e profissional”, explicou o gerente de Esportes e Eventos da CBT, Eduardo Frick.

Há 14 anos como técnica do quadro da ITF no Grand Slam Development Fund, programa que reúne e treina as melhores atletas estrangeiras, Roberta já fazia parte da comissão técnica do Time Correio Brasil e foi auxiliar de Roese na Fed Cup deste ano, no Paraguai. Desde 1998, ela já acompanhou as equipes da Fed Cup, Mundiais e Sul-Americanos juvenis em diversas oportunidades. Como tenista, foi um dos grandes nomes do tênis juvenil feminino nos anos 80 e início da década 90 e foi campeã do Banana Bowl, em 1991, a última brasileira a conquistar o título dos 18 anos feminino da competição.

“Estou muito feliz. Sempre trabalhei com meninas de outros países e agora poder usar toda minha experiência com o tênis feminino mundial no nosso tênis brasileiro, como capitã da Fed Cup, será muito gratificante. A CBT pretende fazer um trabalho desde a base em outras categorias, então será um grande desafio e me sinto preparada para isso”, afirmou Roberta, que trabalhou com grandes nomes do tênis mundial e sul-americano, como a letã Jelena Ostapenko, 21a da WTA, e as paraguaias Verónica Cepede e Montserrat Gonzalez.

Foto: Rowland Charles Goodman

Técnica da ITF, Roberta Burzagli acredita que brasileiros devem interagir com tênis europeu cada vez mais cedo

Roberta - Itaú peqRoberta Burzagli é uma técnica respeitada no Brasil e no exterior, integrando há dez anos o quadro da ITF (Federação Internacional de Tênis) em um programa que reúne e treina atletas de países subdesenvolvidos no tênis por alguns períodos durante o ano, visando, além da melhoria do jogo, um contato maior com as maiores potências do esporte no mundo.

Neste final de semana, ela está disputando a etapa carioca do Itaú Masters Tour, no Clube dos Caiçaras, na Lagoa, e falou um pouco sobre a sua atividade, além do lugar atual dos juvenis brasileiros no cenário mundial.

Neste ano, por nove semanas entre Roland Garros e Wimbledon, Luisa Stefani foi a brasileira presente no grupo, sendo a semifinal de duplas em Roland Garros o seu melhor resultado, elogiado por Roberta:

“Foi um bom resultado. Ela joga muito bem e é uma menina que tem muito potencial, muito esforçada, talentosa…eu acredito muito nela. Quando ela ficar mais madura, vai jogar muito bem.”

Porém, a realidade brasileira e sul-americana, segundo Roberta, não é a mais positiva quando comparada às principais potências:

“Em geral, o tênis jogado na América do Sul é muito antigo. Principalmente no feminino, pois as europeias jogam muito mais em cima da linha, batendo muito mais reto, pegando a bola dentro da quadra, de cima pra baixo. Isso também acontece um pouco no masculino. Esse tipo de jogo faz você roubar tempo do adversário, pois pega a bola antes. É um tênis mais agressivo que o sul-americano, que ainda joga aquele tênis mais no fundo da quadra, pegando a bola mais embaixo e dando mais tempo para o adversário se posicionar na quadra”

Sendo assim, uma solução apresentada por Roberta é exatamente essa integração maior com os países que apresentam melhores desempenho, especialmente na Europa:

“Por isso acho muito importante que o tenista brasileiro vá o mais cedo possível para a Europa, assim como os técnicos, para que eles vejam como o tênis é jogado lá, que é o berço e de onde vem os melhores jogadores. Implantar uma nova metodologia no Brasil é difícil, pois isso representaria uma mudança na forma de jogo e dificilmente isso seria bem aceito até mesmo pela grande quantidade de erros no início que poderia acontecer. Infelizmente, estamos alguns passos atrás.”

Agora, a expectativa é pelas semanas que a equipe vai passar nos Estados Unidos. Luisa Stefani, mais uma vez, estará presente:

“A gente faz um trabalho muito mais tático nestas semanas. Trabalho técnico é mais a movimentação de pernas. O objetivo da ITF é dar chance ao atletas talentosos para ter esse contato e evolução do jogo. Muitas vezes, a questão não é financeira, mas sim de manter essa equipe junta, criando uma competitividade e elevando o nível de jogo, que é muito alto na Eropa. A nº 1 juvenil do mundo no ano passado, a (Belinda) Bencic, suíça, já é 62 do mundo na WTA esse ano. Uma chave de Grand Slam juvenil feminino é muito forte, com pelo menos um terço da chave entre as 200 melhores da WTA”

Mas tudo isso, segundo Roberta, deve ser feito com calma. Ela afirma que  jogar juvenil é muito importante para o desenvolvimento do jovem como jogador:

“Acho muito importante que os jogadores joguem juvenil para não queimar etapas e que tenham a pressão de ganhar os jogos para trabalhar ainda mais o aspecto psicológico”

Finalizando, Roberta reforça a importância de ter esse contato com o tênis europeu comparando até mesmo algumas competições profissionais e juvenis:

“Algumas meninas vencem um torneio de US$ de 10 mil aqui na América do Sul e acham que está tudo bem. Não é verdade. Muitas competições juvenis na Europa são muito mais fortes”, afirmou.

Foto: João Pires