O espanhol Rafael Nadal e o brasileiro Thomaz Bellucci fecharam a super terça-feira do Rio Open apresentado pela Claro em grande estilo, com a vitória do nove vezes campeão de Roland Garros por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 6/1. A quadra central do Jockey Club Brasileiro ficou cheia, e a torcida se dividiu entre o ídolo mundial e o melhor brasileiro da atualidade.
Na próxima rodada, provavelmente na quinta-feira, Nadal, atual terceiro do ranking mundial, enfrentará seu compatriota Pablo Carreno-Busta, que passou pelo argentino Carlos Berlocq por 3/6, 7/6 (3) e 6/0. O Rio Open apresentado pela Claro é o maior torneio de tênis da América do Sul, com disputas simultâneas de um ATP 500 e de um WTA International.
O primeiro set entre Nadal e Bellucci começou com boas trocas de bola entre os dois canhotos, com o brasileiro tentando ser bem agressivo. No meio da parcial, houve uma sequência de quebras de saque, com pontos que levantaram o público. Depois de devolver uma quebra, e empatar a partida 4/4, Bellucci sacava para ficar à frente, mas o atual campeão do Rio Open fez 5 a 4. No game seguinte, o brasileiro sentiu ter perdido o saque e errou muito. Nadal não desperdiçou e fechou por 6/4.
Bellucci não manteve o desempenho do primeiro set e começou o segundo cometendo muitas falhas. Logo de cara teve o saque quebrado por Nadal e não conseguiu reagir, vendo o dono de 64 títulos na carreira, sendo 14 de Grand Slams, fechar com tranquilidade por 6/1.
“A vitória dá confiança, saber que vou competir no dia seguinte, só assim vou recuperar o ritmo, a confiança e a competitividade. Acho que fiz uma boa partida, fazia tempo que não jogava no saibro. Não era a primeira rodada que queria jogar, contra um tenista perigoso e que é daqui, mas venci e estou contente por seguir no torneio”, disse o ex-número 1 do mundo.
A derrota para Nadal foi a quarta de Bellucci na primeira rodada nesta temporada – as outras foram em Auckland, no Aberto da Austrália e no Brasil Open. “Acho que mesmo sem sacar muito bem, consegui manter uma consistência. Ele cometeu alguns erros, mas no segundo set, me quebrou logo de cara e começou a arriscar mais bolas. Aí não consegui manter o jogo tão equilibrado”, analisou. “É sempre difícil ficar correndo atrás do placar, não fiquei à frente dele nunca, sempre joguei com mais pressão do que ele, tendo que ficar buscando”, acrescentou o brasileiro, quadrifinalista na primeira edição do Rio Open.
Em outro jogo desta terça, o espanhol David Ferrer, cabeça de chave 2, derrotou seu compatriota Daniel Gimeno-Traver, com parciais de 6/4 e 6/3, e está garantido na segunda rodada. Esta é a segunda participação de Ferrer no torneio. Em 2014, o número 9 do mundo parou na semifinal. “Não foi fácil no primeiro set, porque o Dani teve muitas chances, mas por sorte não as aproveitou. No segundo set, eu me senti um pouco melhor”, afirmou Ferrer, que volta à quadra nesta quarta-feira, por volta das 20h30, para enfrentar o holandês Thiemo de Bakker.
O uruguaio Pablo Cuevas também está classificado para a próxima fase, após superar o espanhol Nicolás Almagro por 4/6, 6/3 e 6/4. Seu oponente será outro jogador da Espanha, Albert Montañes, que bateu o argentino Maximo Gonzalez por 4/6, 6/4 e 6/0.
Pela chave feminina, a número 1 do Brasil, Teliana Pereira, não teve chances contra a italiana Sara Errani, 16ª do ranking mundial e cabeça de chave número 1 do Rio Open, e caiu na estreia por 2 sets a 0, com um duplo 6/3. Atual 109ª do mundo, a pernambucana havia sido semifinalista na primeira edição do torneio no Rio, mas não se abateu com a derrota, e disse que tem mais para agradecer do que reclamar da participação neste ano. “Eu quero jogar com jogadoras desse nível, e a posição que estou agora não me dá oportunidade de jogar com elas com frequência, então aproveitei ao máximo essa chance”, disse Teliana.
Favorita ao título da etapa do WTA International, Errani, vice-campeã de Roland Garros em simples em 2012, disse que evita pensar que é a jogadora a ser batida nas quadras do Jockey. “Tento não pensar que sou a número 1 do torneio, porque acho que isso não te ajuda a ganhar, e te coloca uma pressão de vencer. Prefiro pensar no que tenho que fazer, e, sinceramente, não me considero favorita”, explicou a italiana.
Bruno Soares e parceiro vencem na estreia em sets diretos
O mineiro Bruno Soares e o austríaco Alexander Peya passaram pela estreia do Rio Open nesta terça-feira ao vencerem o sueco Johan Brunstrom e o norte-americano Nicholas Monroe com parciais de 7/6(4) e 6/4. As arquibancadas da quadra 1 ficaram cheias para assistir à dupla cabeça de chave 1 da competição.
Soares destacou o apoio do público na quadra 1. “A torcida compareceu, ficou um pequeno caldeirão, é gostoso de jogar. É muito bacana. Esta quadra é ideal para esse tipo de jogo. Sem dúvida, eles são um fator que te mantém vivo na partida”, disse. Os próximos adversários de Peya/Soares serão Pablo Carreño Busta e Federico Delbonis ou Paolo Lorenzi e Diego Schwartzman.
Pela chave feminina, a brasileira Laura Pigossi e a montenegrina Danka Kovinic venceram a argentina Florencia Molinero e Stephanie Vogt, de Liechtenstein, dupla cabeça de chave número quatro, por 7/5 e 6/3. A mesma sorte de Pigossi e Kovinic não teve a dupla integralmente brasileira formada por Gabriela Cé e Paula Gonçalves, que foram derrotadas pela belga Ysaline Bonaventure e pela sueca Rebecca Peterson por 6/4, 5/7 e 10/8.
Foto: Agif