João Fonseca vai à semi do US Open junior

O tenista brasileiro João Fonseca está na semifinal do último Grand Slam do ano em Nova York.

Cabeça de chave 10 ele derrotou o americano Claire Williams, 3o. favorito ao título, em um jogo disputadíssimo por 76(8) 36 63 para alcançar essa fase em um torneio do Grand Slam pela primeira vez na carreira.

João Fonseca está na semifinal do US Open

Nesta sexta, em busca de vaga na final do US Open, o carioca enfrentará o italiano Federico Cina.

O último brasileiro a ganhar o US Open juvenil foi Thiago Wild, 5 anos atrás.

João Fonseca joga por vaga nas 4as do US Open

O tenista brasileiro João Fonseca joga nesta quarta-feira por uma vaga nas quartas-de-final do torneio juvenil do US Open.

João Fonseca joga para ir às quartas no US Open (Cynthia Lum)

Depois de duas boas primeiras rodadas e de ter estreado com vitória nas duplas, João, cabeça de chave 7 do Grand Slam, encara o italiano Fabio de Michelle.

Neste ano, João foi quadrifinalista em Wimbledon, Roland Garros e no Australian Open, onde também foi vice-campeão de duplas.

A maior conquista na categoria juvenil foi no J300 de Roe Hampton, na grama.


Felipe Meligeni passa o quali e disputa 1o. Grand Slam em NY

Em um jogo cheio de emoções, Felipe Meligeni derrotou o argentino Federico Coria, salvando dois match points, por 64 57 75, na terceira rodada do qualifying do US Open.

Meligeni jogará primeiro Grand Slam da carreira (Fotojump)

A vitória colocou o brasileiro na chave principal de um Grand Slam pela primeira vez na carreira.

Nos dois últimos Grand Slams, em Wimbledon e Roland Garros, ele havia chegado à última fase do classificatório.

Em dia de surpresas, Nadal arrasa na estreia em Nova York

Em um dia de surpresas na chave masculina do US Open, com as eliminações do cabeça-de-chave  4 Dominic Thiem e do cabeça 8 Stefanos Tsitsipas, na primeira rodada, quem brilhou foi Rafael Nadal.

O número dois do mundo não deu chances ao australiano John Millman, aquele que havia eliminado Roger Federer no ano passado em Flushing Meadows, vencendo por 6/3 6/2 6/2. Na próxima rodada, Nadal encara agora outro australiano, Thanasi Kokkinakis, que passou por Ilya Ivashka, por 6/3 7/6 6/7 6/2.

Thiem e Tsitsipas, que não tiveram uma grande temporada de quadras rápidas, foram surpreendidos respectivamente por Thomas Fabbiano (6/4 3/6 6/3 6/2) e Andrey Rublev (6/4 6/7 7/6 7/5).

Em outros jogos da rodada, quem também disse adeus logo na primeira rodada foi o espanhol semifinalista de Wimbledon, Roberto Bautista Agut, que perdeu para Mikhail Kukushkin por 3/6 6/1 6/4 3/6 6/3; Felix Auger Aliassime, o nextgen mais badalado do momento foi superado pelo amigo e compatriota Denis Shapovalov, por 6/1 6/1 6/4.

Alexander Zverev, que não vem em boa fase também, conseguiu vencer em 5 sets o moldavo Radu Albot, por 6/1 6/3 3/6 4/6 6/2.

Nesta quarta-feira tem início a primeira rodada de duplas, mas nenhum dos brasileiros estará em ação.

Diana Gabanyi

Foto – divulgação

 

Australian Open – Sem nostalgia

Durante muito tempo, quando começavam os Grand Slams me dava sempre uma nostalgia. Afinal, durante uma década a meia o meu calendário se baseava na agenda do circuito profissional. As semanas dos Grand Slams, com rara exceção do Australian Open, indicavam que lá estaria eu com o Guga, fazendo as minhas matérias também para a Tennis View e depois que ele encerrou a carreira, com algum outro compromisso profissional e a própria Tennis View.

Nos últimos dois anos, por inúmeras razões, acabei não indo a nenhum Grand Slam e acompanhando e reportando daqui do Brasil mesmo. A cada ano essa nostalgia diminui. Afinal, já faz 10 anos que o Guga se aposentou. Mas, foi tudo muito intenso, a história foi escrita, amizades foram feitas e a verdade que estar em um Grand Slam é estar no auge do esporte em si e também nos relacionamentos. Jornalistas do mundo todo, agentes, Rps, as marcas, os fãs, todos estão nestes eventos. E é disso que mais sinto falta, desta conexão.

Curiosamente, quando chega o Australian Open, não tenho essa nostalgia.

Sei que o Grand Slam evoluiu muito, praticamente se transformou, desde a última vez que estive “down under” há 15 anos.

Mas, com a desgastaste viagem e o pouco tempo que por lá fiquei – o Australian Open foi o pior Grand Slam do Guga – não desenvolvi laços naquelas terras. Nunca me encontrei muito no complexo. Achava tudo meio confuso e a cidade tão pequena, se comparada a Paris, Londres e Nova York, para sediar um Slam. E, quando começava a entrar no fuso horário já era hora de voltar para casa.

A sensação que tenho ao começar o torneio em Melbourne é justamente a contrária: “Ai que bom que vou acompanhar do sofá de casa.”

Isso não quer dizer que o Grand Slam não tenha relevância ou seja empolgante. Tem tudo isso e o atrativo especial de estar no começo da temporada, quando não sabemos muito o que esperar do circuito.

É comum ser o Grand Slam onde acontecem “bombas” de notícias. Justamente por ser o primeiro grande do ano onde todos se reúnem. Este ano começou com o Andy Murray anunciando o fim da sua luta com o quadril. E nas próximas duas semanas muitas outras notícias vão rolar. A mais quente do momento é o “Player Council” e a decisão de manter ou não Chris Kermode no cargo de CEO da ATP. Mas, estamos apenas começando. Temos 2 semanas de muito tênis e muito bastidor do circuito para acompanhar.

Diana Gabanyi

Murray, Wawrinka e Verdasco avançam em Roland Garros

Para quem começou o torneio com mais dúvidas – pelo menos da imprensa e dos fãs – do que certezas, Andy Murray passou por um duríssimo teste neste sábado em Roland Garros. Ganhou de Jan Martin del Potro por 7/6(8) 7/5 6/0 para avançar às oitavas-de-final do Grand Slam francês.

“O segundo e o terceiro sets foram alguns dos melhores que eu joguei na temporada de saibro toda” vibrou o número um do mundo. “Foi uma vitória importante para mim em um grande jogo. Enfrentá-lo tão cedo em um Grand Slam não é fácil, por outro lado já me deixa ainda mais concentrado desde o início.”

Mesmo assim, apesar da vitória contudente diante de Del Potro, Murray não se enxerga lá na frente no torneio. “Eu vim sem muitas expectativas para cá, querendo ganhar uma ou duas rodadas e ir me sentindo melhor a cada dia. Felizmente é o que vem acontecendo. Mas eu sei da onde eu vim e preciso respeitar isso, treinar e me concentrar.”

O adversário de Murray na próxima rodada sairá do confronto entre John Isner e o Kharen Kachanov. O russo vencia o 1o. set por 7/6 quando o jogo foi interrompido pela chuva.

Campeão de Roland Garros há dois anos, o suíço Stan Wawrinka venceu uma importante partida para avançar às 8as em Paris. Ele derrotou o italiano Fabio Fognini por 7/6 6/0 6/2. Fognini chegou a sacar duas vezes para o primeiro set, mas Wawrinka foi mais forte e agora espera o ganhador do jogo entre Richard Gasquet e Gael Monfils, que também foi interrompido pela chuva no 1o. set.

“No primeiro set o Fognini estava ditando os pontos e stava mais agressivo, mas eu comecei a jogar melhor a cada game, lutei e depois passei a jogar super agressivamente,” analisou o suíça.

Em outros jogos da rodada, Fernando Verdasco não deu chances ao uruguaio Pablo Cuevas, que vinha de uma excelente temporada de saibro. Verdasco ganhou por 6/2 6/1 6/3 e agora espera o ganhador do jogo entre Chung e Nishikori, igualmente interrompido pela chuva.

Apenas uma partida da parte de cima da chave está definida. Kevin Anderson e Marin Cilic. O sul-africano venceu uma maratona de 5 sets diante do britânico Kyle Edmund, por 6/7 7/6 5/7 6/1 6/4. Já Marin Cilic, não teve muito trabalho para eliminar Feliciano Lopez por 6/1 6/3 6/3.

Diana Gabanyi

O verde e roxo de Wimbledon

A tradição impera em Wimbledon, assim como em muitos lugares e eventos do Reino Unido. Para tudo há uma explicação ou uma história por trás.

Mas, no caso das cores oficiais de Wimbledon, o verde e o roxo, não há.wimbledonlogo

O que é fato é que elas foram instituídas em 1909, há mais de 100 anos, para diferenciar das cores que o All England Club usava na época, o azul, amarelo, vermelho e verde, cores idênticas à Marinha britânica.

O verde é fácil de entender da onde vem, da grama. Mas e o roxo?
Roland Garros usa o branco e o laranja bem cor de terra, igual ao saibro, com um pouco de verde.

O US Open usa o azul, branco e um pouco de vermelho, como as cores da bandeira americana, com o amarelo da bola no foguinho. E o Australian Open escolheu o azul claro com branco para serem as cores  oficiais do Grand Slam.

wimbledon coversSe servissem uvas roxas em Wimbledon poderíamos encontrar uma explicação para o roxo inglês, mas a sobremesa favorita do All England Club são os morangos vermelhos. Independente disso o roxo e o verde estão em todos os lugares, desde quadras, emblemas, posters, até nos mais simples produtos, e são, sem dúvida, os mais marcantes de todos os Grand Slams.

Perguntei ao AELTC qual era o motivo das cores e eles, para isso, não tem explicação, mas tem tradição centenária.

Diana Gabanyi