Australian Open – dia 2: Federer vence australiano na estreia. Tomic sente lesão e abandona contra Nadal

Federer - Ben Solomon peqMais um dia de vitórias dos grandes favoritos no Australian Open, primeiro Grand Slam da temporada, disputado no piso duro do Melbourne Park.

O suíço Roger Federer bateu o jovem australiano James Duckworth em sets diretos, com parciais de 6/4 6/4 e 6/2, assim como o francês Jo-Wilfried Tsonga, que também precisou de apenas 3 sets para passar pelo italiano Filippo Volandri, vencendo por 7/5 6/3 e 6/3.

Quem passou pela estreia com um pouco mais de dificuldade foi o argentino Juan Martin Del Potro, que venceu de virada o norte-americano Rhyne Williams, com parciais de 6/7(1) 6/3 6/4 e 6/4.

Quem também precisou de quatro sets foi o canadense Milos Raonic, que bateu o espanhol Daniel Gimeno-Traver por 7/6(2) 6/1 4/6 e 6/2, enquanto o britânico Andy Murray não encontrou muita resistência no japonês Go Soeda, triunfando por 6/1 6/1 e 6/3.

Em uma batalha de cinco sets, o japonês Kei Nishikori passou pelo australiano Marinko Matosevic por 6/3 5/7 6/2 4/6 e 6/2, enquanto Lleyton Hewitt também acabou caindo em cinco sets diante do italiano Andreas Seppi, com parciais de 7/6(4) 6/3 5/7 5/7 e 7/5.

Naquele que seria o grande jogo da rodada, o espanhol Rafael Nadal, nº 1 do mundo, precisou jogar apenas um set diante do australiano Bernard Tomic. Venceu por 6/4 e depois viu o adversário abandonar com uma lesão.

Djokovic enfrenta argentino nesta quarta. Rafter e Hewitt jogam duplas.

A segunda rodada começa nesta quarta-feira, noite de terça no Brasil, e o sérvio Novak Djokovic entra em quadra para enfrentar o argentino Leonardo Mayer, fechando a programação diurna da Rod Laver Arena.

Quem também entra em quadra em busca de uma vaga na terceira rodada é o tcheco Tomas Berdych, que joga contra o francês Kenny De Schepper. David Ferrer, por sua vez, encara Adrian Mannarino, também da França, enquanto Richard Gasquet terá pela frente o russo Nikolay Davydenko.

O suíço Stanislas Wawrinka, cabeça de chave nº 8, joga contra o colombiano Alejandro Falla,

Outro destaque da programação será a partida da dupla formada pelos australianos Patrick Rafter e Lleyton Hewitt, que jogam na Hisense Arena contra o norte-americano Eric Butorac e o sul-africano Raven Klaasen.

Para conferir a programação completa, clique aqui.

Foto: Ben Solomon/Tennis Australia

Soares enfrenta Sá na estreia do Australian Open. Melo e Dodig jogam contra australianos

Soares e Peya - Paris peqFoi sorteada neste domingo a chave de duplas do Australian Open, primeiro Grand Slam da temporada, disputado no piso duro do Melbourne Park.

Cabeças de chave nº 2, a dupla formada pelo mineiro Bruno Soares e o austríaco Alexander Peya, segunda melhor dupla do mundo, enfrentam na primeira rodada a parceria formada por André Sá e o espanhol Feliciano Lopez.

O outro brasileiro na chave é Marcelo Melo, campeão do ATP 250 de Auckland na última semana ao lado do austríaco Julian Knowle.

Em Melbourne, ele volta a jogar ao lado do seu parceiro habitual, o croata Ivan Dodig. Cabeças de chave nº 4, eles encaram na estreia os australianos Chris Guccione e Thanasi Kokkinakis.

A grande surpresa da chave foi a presença de Patrick Rafter ao lado de Lleyton Hewitt. O ex-nº 1 não entra em quadra desde o Australia Open de 2004. Eles estreiam contra o norte-americano Eric Butorac e o sul-africano Raven Klaasen.

Para conferir a chave completa, clique aqui.

Wimbledon também é sinônimo de Goran Ivanisevic

Quando chega esta época do ano, a de Wimbledon, alguns nomes do tênis nunca saem de moda e Goran Ivanisevic é um deles. O croata, campeão de Wimbledon em 2001, depois e ganhar um convite para entrar na chave principal, entrou para a história do Grand Slam britânico e no coração não só dos croatas mas dos britânicos também. Ele agora quer ver outro croata ganhar não apenas um, mas dois Grand Slams.

Ao mostrar a emoção em quadra, chorar quando perdeu finais na quadra central do All England Club, dizer que queria se mater e comemorar como se fosse a coisa que mais importava no mundo, a vitória sobre Patrick Rafter na decisão de 2001 – e para ele era -, Goran chegou a ganhar até o apelido de “campeão do povo – people’s champion, numa final disputada numa segunda-feira – people’s Monday.

Hoje, 12 anos depois, ele vive na Croácia e treina o juvenil de 16 anos Borna Coric, além de estar ao lado de Marin Cilic, sempre que possível, como nesta edição 2013 de Wimbledon.

O programa de tênis da CNN, o Open Court, foi até Zagreb encontrar o ex-número dois do mundo e ainda hoje dá para ver o brilho nos olhos dele em uma quadra de tênis e jogando futebol com o filho. “Não quero que ele jogue tênis, já basta um louco na família”

Diana Gabanyi

O assunto da Davis é sério. Capitães se reúnem em Roland Garros para mudar formato

A previsão do tempo avisou desde a semana passada que essa quinta-feira seria chuvosa. Mas, o dia amanheceu seco, apesar de escuro e até que me animei. Fui cedo para Roland Garros, consegui ver um André Sá impressionante jogando ao lado de Feliciano Lopez, até que ela realmente apareceu. A chuva veio grossa e gelada. Parou todos os jogos. Momento certo para tentar entender um pouco melhor a história da mudança na Copa Davis.

Depois que Feliciano Lopez perdeu o saque quando servia para a vitória ao lado de Sá, contra Collin Fleming e Jonathan Marray (o jogo parou em 76 54 – saque dos ingleses agora), atravessei a multidão de guarda-chuvas que se abriam e me espremi no meio das pessoas para conseguir voltar para a sala de imprensa e começar a pesquisar a história da Davis.

Rafter Davis Cup

Eu havia visto o Patrick Rafter ontem em Roland Garros, mas achava que ele estava aqui para acompanhar os jogadores da Austrália, como fazem a maioria dos capitães da Copa Davis. Ele até está aqui por causa da Copa Davis, mas por outras razões.

Um dos maiores jogadores do tênis australiano, representando o país na Davis, Rafter, hoje capitão, veio se reunir com outros capitães com nomes tão importantes quanto o seu na história do esporte, Jim Courier e Alex Corretja, para  tentar mudar o formato da competição, como o The Times publicou.

A ideia é que a Davis seja disputada a cada dois anos e durante uma semana, em apenas um local. Atualmente a disputa acontece em 4 rodadas, em três dias cada, tomando 4 semanas do calendário de quem vai à final.

O pedido dos capitães reflete também o desejo dos principais tenistas que não colocam mais a competição como prioridade no calendário. Nadal joga ocasionalmente, Federer já anunciou que não competirá, Murray também pouco compete pelo Reino Unido. Djokovic, com uma nação carente de ídolos como ele, é o que mais joga pela Taça.

Com o lançamento da International Premier Tennis League, outro assunto de destaque na sala de imprensa e dos jogadores, o calendário ganha mais concorrência e a Davis vai perdendo prioridade. A liga da Ásia idealizada pelo campeão de duplas Mahesh Bhuphati, fundador da GloboSport e influente no mercado asiático, qdistribuirá, no fim de 2014, milhões em prêmios e já tem a participação confirmada de Murray, Djokovic, Serena, Azarenka, Sampras, Agassi, entre outros. A Liga será baseada na Indian Premier League de Cricket e no sucesso do World Team Tennis, de Billie Jean King.

O zum zum zum nos bastidores de Roland Garros está forte e desta vez parece que a coisa é séria mesmo em relação a Davis. Já houve uma reunião alguns anos atrás sobre o mesmo assunto e a ITF esperou o assunto ser esquecido. Não foi e agora voltou mais forte.

Procurei o capitão brasileiro da Copa Davis por aqui, João Zwetsch, mas não encontrei. O Brasil jogou o Grupo Mundial, no início do ano, contra os Estados Unidos e enfrenta a Alemanha, em setembro, para permanecer entre as 16 melhores nações do tênis.