Jade Lanai conquista título inédito de simples e duplas do US Open Junior de Tênis em Cadeira de Rodas

Dia histórico para o tênis brasileiro! A brasiliense Jade Lanai conquistou o título inédito de simples e duplas do US Open Junior de Tênis em Cadeira de Rodas, categoria que foi disputada pela primeira vez no Grand Slam norte-americano.

Na decisão de simples, a jovem de 17 anos venceu a japonesa Yuma Takamuro, por 7/5 2/6 7/6(10-5). Nas duplas, a brasileira e a norte-americana Maylee Phelps derrotaram a britânica Ruby Bishop e a norte-americana Lily Lautenschlauger, por duplo 6/0.

“É a primeira vez na história do tênis brasileiro que um atleta do Tênis em Cadeira de Rodas conquista um título de Grand Slam, ainda mais em simples e duplas. É muito importante para o desenvolvimento do TCR brasileiro, que vem se tornando uma potência mundial. A Jade é uma atleta de alto quilate, que com apenas 17 anos já tem um bom ranking profissional e é uma das grandes promessas para as Paralimpíadas de Paris”, afirmou Jesus Tajra, vice-presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT).

“Estamos muito felizes e não podemos deixar de agradecer aos nossos patrocinadores, em especial ao BRB, que sempre esteve presente. A Jade viajou para Nova York com o apoio irrestrito da CBT e do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), que está junto conosco nessa parceria em ajudar o TCR”, completou Tajra.

De Nova York, a atleta seguirá para Pereira, na Colômbia, onde se juntará ao Time Brasil BRB para a disputa do torneio internacional Open Fundacion Ganbare.

Foto: Divulgação/US Open

Jabeur busca seu 1º título de Slam neste sábado, na final do US Open contra a Swiatek

O sábado vai marcar a grande final feminina do US Open, com Iga Swiatek e Ons Jabeur lutando pelo título do quarto e último Grand Slam da temporada, em Nova York.

Favorita, a polonesa não teve vida fácil ao longo da campanha, saindo daquele cenário de domínio com o qual o circuito esteve habituado em boa parte da temporada.

Na semifinal, precisou lutar muito e virar a partida diante da bielorrussa Aryna Sabalenka, que elevou seu nível ao longo das duas semanas do torneio, repetindo a semifinal do ano passado e até de forma surpreendente.

Swiatek foi buscar soluções e, como uma legítima número 1 do mundo, encontrou. Agora, ela vai em busca do seu segundo título de Grand Slam no ano, depois do triunfo em Roland Garros.

Título esse que Jabeur busca pela primeira vez na carreira, chegando a bater na trave em Wimbledon, quando ficou com o vice-campeonato.

Até garantir a vaga na final, a tunisiana cedeu apenas um set ao longo das duas semanas e, na semi, passou pela francesa Caroline Garcia.

Será o quinto jogo entre as duas ao longo da carreira e o segundo nesta temporada. No primeiro, na final do WTA 1000 de Roma, a polonesa ficou com a vitória.

Foto: Jimmie48/WTA

Sabalenka vence Pliskova e vai à semi do US Open pelo 2º ano seguido

A bielorrussa Aryna Sabalenka está na semifinal do US Open, quarto e último Grand Slam da temporada, disputado no piso duro de Nova York, nos Estados Unidos.

Nesta quarta-feira, ela conquistou sua vaga ao bater a tcheca Karolina Pliskova, em sets diretos.

Depois de muita tranquilidade na primeira parcial, Sabalenka precisou lutar na segunda, que só foi resolvida no tiebreak. No fim, vitória por 6/1 e 7/6(4).

Com o resultado, ela já garante a repetição da campanha do ano passado em Nova York, quando parou justamente na semifinal, sendo superada pela canadense Leylah Fernandez.

Foto: Darren Carroll/USTA

Kvitova salva match-points, vira sobre Muguruza e enfrenta Pegula nas oitavas do US Open

A tcheca Petra Kvitova precisou salvar match-points, mas garantiu sua vaga nas oitavas de final do US Open, quarto e último Grand Slam da temporada, disputado no piso duro de Nova York.

Neste sábado, Kvitova passou pela espanhol Garbine Muguruza, em uma partida muito equilibrada, que acabou com vitória da ex-número 2 do mundo com parciais de 5/7 6/3 e 7/6(12/10).

Muguruza, além de sacar pro jogo, teve dois match-points no final do 3º set. A tcheca se sustentou e ainda desperdiçou três chances de fechar a partida antes de concluir sua suada vitória.

Nas oitavas de final, ela terá pela frente a tenista local Jessica Pegula, que também precisou de três sets pra bater a chinesa Yue Yuan, com parciais de 6/2 6/7(6) e 6/0.

Kvitova e Pegula já se enfrentaram duas vezes no circuito, com duas vitórias da tcheca. A primeira, na terceira rodada do US Open de 2020 e a segunda a semifinal do WTA de Doha, no ano passado.

Foto: Manuela Davies/USTA

Demoliner e português João Sousa estão nas oitavas de final do US Open

Marcelo Demoliner segue representando o Brasil na chave de duplas do US Open, quarto e último Grand Slam da temporada, disputado no piso duro de Nova York.

Neste sábado, o brasileiro e o português João Sousa conseguiram uma ótima vitória sobre a parceria espanhola formada por Feliciano Lopez e Jaume Munar, em sets diretos, com parciais de 6/3 e 6/4.

Com isso, eles se classificaram para as oitavas de final do torneio norte-americano e agora enfrentarão os italianos Lorenzo Sonego e Andrea Vavassori.

Foto: Twitter/Marcelo Demoliner

Bruno Soares e Marcelo Melo são superados na segunda rodada do US Open

Bruno Soares e Jamie Murray se despediram do US Open. O mineiro e o britânico foram superados pelo monegasco Hugo Nys e o polonês Jan Zielinski em 7/6(2) 7/6(6) e 1h43 de duração, dando adeus na segunda rodada do último Grand Slam do ano.

“Hoje a mágica de Nova Iorque não deu, batemos na trave. Foi um jogo duríssimo, dois tie-breaks… Os caras jogaram muito bem e sacaram muito bem, principalmente. A gente também, mas escapou. Eles jogaram melhor nos pontos importantes, pra ser sincero. Também tiveram um pouco de sorte, mas faz parte. Tem jogos que escapam no detalhe, acontece”, disse o mineiro.

Bruno foi campeão do US Open em quatro oportunidades, sendo duas nas duplas masculinas (2016 com Jamie Murray e 2020 com Mate Pavic) e duas nas duplas mistas (2012 com Ekaterina Makarova e 2014 com Sania Mirza). O mineiro também foi finalista nas duplas masculinas em outras duas oportunidades.

Vale destacar também que a melhor campanha dos dois na temporada até o momento segue sendo no saibro do Rio Open, maior torneio de tênis da América do Sul, quando ficaram com o vice-campeonato.

Após um tie-break muito disputado no segundo set, o mineiro Marcelo Melo e o sul-africano Raven Klaasen pararam na segunda rodada do US Open, o último Grand Slam do ano, que está sendo disputado em Nova York (EUA). Nesta sexta-feira (2), o britânico Lloyd Glasspool e o finlandês Harri Heliovaara – cabeças de chave número 11- marcaram 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 7/6 (8-6), em 1h25min, para seguir no torneio.

Foto: Mike Stobe / Getty Images

Serena, o tênis nunca mais será o mesmo.

Por Diana Gabanyi

A primeira vez que ouvi falar das irmãs Williams foi no US Open de 1996, o meu primeiro Grand Slam. Venus e Serena ainda não jogavam muito o circuito, mas já se falava muito delas. Pouco se sabia da história das irmãs treinada pelo pai Richard e que dizia para quem quisesse escutar que suas filhas seriam a número um do mundo e que a mais nova, Serena seria ainda melhor do que Venus.

No ano seguinte, em 1997, em Miami, ainda antes do Guga ganhar o primeiro Roland Garros, ja com a primeira edição da Tennis View impressa, vi as irmãs, sorridentes, com miçangas no cabelo, passando pelo complexo.

Poucos meses depois o Guga ganharia Roland Garros e eu passaria a viajar o circuito mundial e esbarrar com Venus e Serena.
Com a Venus tive poucas interações. Mas com a Serena nos cruzamos em photo shoots e por um período desenvolvemos uma relação nutrida pelo interesse dela em português, no Brasil e nos brasileiros.
Sempre querendo aprender, interessada, afetuosa. Já dava para ver, desde aquela época, que apesar do tênis ser tão importante na vida delas, que havia outros interesses e que ela os seguiria sempre, para equilibrar a vida desgastante de atleta profissional.

Dois anos depois ela viria a ganhar o seu primeiro Grand Slam, no US Open. O primeiro de 23 Grand Slams.
Sabíamos que ela seria especial, mas jamais imaginaríamos que ela se tornaria o ícone que é hoje.

Serena Williams transcendeu o esporte.
Sua história – nascida e criada em Compton, região violenta dos arredores de Los Angeles, de família humilde e sem histórico no esporte, se tornou a maior de todos os tempos. Não em títulos – Margareth Court ainda detém o recorde de 24 trofeus de Grand Slam – mas no que ela significa.
Não acredito que veremos outra tenista com tamanha força, em quadra e fora dela.
O tênis viveu nas páginas das maiores revistas do mundo – de moda e dos negócios. Serena esteve ao lado de grandes nomes de Hollywood, das maiores lendas do esporte e suas façanhas atravessaram fronteiras e quebraram barreiras. Ela criou moda, empoderou mulheres e fez tudo à sua maneira.
Aos quase 41 anos dissemos adeus à tenista Serena Williams, para dar lugar à Serena super mãe e empreendedora.
O tênis nunca mais será o mesmo.

Veja aqui todas as conquistas de Grand Slam de Serena Williams

Veja todas as conquistas históricas de Serena Williams.
2017

Australian Open – Serena Williams d. Venus Williams 6/4 6/4
2016

Wimbledon – Serena Williams d. Angelique Kerber 75 63
2015
Wimbledon – Serena Williams d. Garbine Muguruza 6/4 6/4
Roland Garros – Serena Williams d. Lucie Safarova 6/3 6/7 6/2
Australian Open – Serena WIlliams d. Maria Sharapova 6/3 7/6
2014

US Open – Serena Williams d. Caroline Wozniacki 6/3 6/3
2013 –
Roland Garros – Serena Williams d. Maria Sharapova 6/4 6/4

US Open – Serena Williams d. Victoria Azarenka 7/5 6/7 6/1
2012

Wimbledon – Serena Williams d. Agnieszka Radwanska 6/1 5/7 6/2

US Open – Serena Williams d. Victoria Azarenka 6/2 2/6 7/5
2010 –

Australian Open – Serena Williams d. Justine Henin 6/4 3/6 6/2

Wimbledon – Serena Williams d.Vera Zvonareva 6/3 6/2
2009

Australian Open – Serena Williams d. Dinara Safina 6/0 6/3

Wimbledon – Serena Williams d. Venus Williams 7/6 6/2
2008
US Open – Serena Williams d. Jelena Jankovic 6/2 7/5
2007
Australian Open – Serena Williams d. Maria Sharapova 6/1 6/2
2005

Australian Open – Serena Williams d. Lindsay Davenport 2/6 6/3 6/0
2003

Australian Open – Serena Williams d.Venus Williams 7/6 3/6 6/4

Wimbledon – Serena Williams d. Venus Williams 4/6 6/4 6/2
2002

Roland Garros – Serena Williams d. Venus Williams 7/5 6/3

Wimbledon – Serena Williams d.Venus Williams 7/6 6/3
US Open –Serena Williams d. Venus Williams 6/4 6/3
1999

US Open – Serena Williams d. Martina Hingis 6/3 7/6

Foto: USTA

Alcaraz passa por Baez na estreia do US Open. Rublev precisa de 5 sets para superar Djere

O segundo dia do US Open, nesta terça-feira, contou com a vitória de Carlos Alcaraz, um dos principais favoritos ao título do quarto Grand Slam da temporada, disputado no piso duro de Nova York.

O espanhol enfrentou dois sets equilibrados antes de passar pelo argentino Sebastian Baez. Alcaraz vencia o jogo por 7/5 7/5 e 2/0 quando viu o adversário abandonar.

Outro cabeça de chave que saiu com a vitória com facilidade foi o búlgaro Grigor Dimitrov, que anotou, que passou pelo local Steve Johnson por 3×0.

Quem teve bastante trabalho foi o russo Andrey Rublev, que precisou de cinco sets pra superar o sérvio Laslo Djere.

Foto: Garrett Ellwood/USTA

Thiago Monteiro marca 1ª vitória no US Open

Thiago Monteiro vence a 1a no US Open
Thiago Monteiro vence a 1a no US Open

Thiago Monteiro venceu na sua estreia no US Open. Disputando o último Grand Slam do ano, o cearense superou o eslovaco Alex Molcan, atual número 40 do mundo, em 6/4 4/6 6/4 6/1 e 2h40 de duração, se garantindo na próxima rodada.

“Foi uma partida muito positiva. Muito feliz pela vitória e também pela capacidade mental que apresentei no jogo inteiro. Isso mostra uma evolução nessa parte. Era um jogo muito complicado contra um cara muito sólido e que tinha feito uma boa campanha aqui no ano passado, então precisei ficar focado”, destacou o brasileiro.

“Apesar de ter deixado escapar o segundo set, eu sabia que era necessário me tranquilizar e que estava dominando a maioria dos rallies. Consegui usar muito bem o meu saque hoje e também fui agressivo nos momento em que precisei ser, além de ter aproveitado as minhas chances. Tive momento complicados, mas me mantive firme. Aí acho que ele baixou um pouco e eu fui conseguindo ficar cada vez mais consistente”, continuou.

Esta foi a primeira vitória de Thiago Monteiro, tenista número um do Brasil e sempre principal atração do país no Rio Open, numa chave principal do US Open. É a quinta participação do cearense na chave principal do Grand Slam norte-americano e a sétima no total.

“O próximo jogo vai duro. O Khachanov é um cara que vem muito bem também. É seguir confiante, acreditando e usar amanhã para ajustar as coisas que não fiz tão bem e me preparar”, finalizou o atual número 67 do mundo. Thiago e Khachanov já se enfrentaram em duas oportunidades no circuito, ambas com vitória do russo.

A festa de Serena no US Open

A festa de Serena continua no US Open

Serena Williams ainda não se despediu oficialmente do circuito profissional. Ganhou a sua primeira rodada no US Open. Venceu a tenista de Montenegro Danka Kovinic por duplo 6/3 na noite de abertura do Grand Slam americano com mais público da história.

Diante de celebridades, da fam´ília, da filha e do marido e de fãs do mundo todo, Serena fez a festa em Nova York. Ganhou um jogo que poderia ter perdido, de tão pouco que jogou no último ano e meio. Mas fez o seu melhor com as condições que tem hoje aos 40 anos de idade, no seu 21o. US Open e vai fazer a festa continuar mais um pouco.

Desde que anunciou sua aposentadoria há pouco mais de duas semanas, em um depoimento à VOGUE, não se fala em outro assunto no mundo do tênis.

A estreia ou a despedida já tinha sido anunciada para esta segunda-feira há alguns dias. Nova York que não para, parou para saudar a 23 vezes campeã de Grand Slam.

Imagens emocionantes de Serena foram exibidas antes e depois da partida. Uma entrevista, um bate papo com Gayle King, com a fam´ília em quadra, deixaram a ocasião mais especial, assim como a presença e discurso de Billie Jean King.

O estádio todo ‘escreveu” I love Serena e a maior atleta de todos os tempos se emocionou.

Serena “abraçou” o momento, apreciou a festa e retribuiu os fãs. A festa continua na 4a feira. O jogo que poder se o último ou não será contra Annet Kontaveit, a número dois do mundo.

Até lá vamos aproveitar e celebrar a tenista que acompanhamos de perto triunfar diante de tantas adversidades. Nenhuma homenagem será suficiente para celebrar o que ela fez e o que ela representa para o esporte, para as mulheres, para Compton, para a diversidade.

Viva Serena.

Texto de Diana Gabanyi

Foto USTA Simon Bruty