Bruno Soares inicia 2020 de olho no top 10

O tenista brasileiro Bruno Soares embarca nesta quarta-feira, primeiro dia do ano, rumo à temporada 2020. O destino inicial é o ATP de Doha, seguindo na sequência para o ATP de Auckland, o Australian Open, o Rio Open e o ATP de Acapulco.

Depois de dois meses entre alguns dias de férias, compromissos profissionais e a pré-temporada, ele está ansioso para reencontrar o parceiro Mate Pavic e voltar a competir, de olho no top 10.

“Estou louco para voltar pro circuito, depois de dois meses sem torneios. Fiz uma boa pré-temporada, com uma parte em Miami e outra em Belo Horizonte e agora é hora de voltar para as competições. Estou muito motivado,” disse o mineiro. “O ano de 2019 foi meio complicado, com troca de parceiro no meio da temporada. Mas a gente terminou muito bem o ano e o primeiro grande objetivo para 2020 é a consistência para voltar ao top 10, para depois começar a pensar em algo maior, como ganhar um Grand Slam e o Finals.”

No fim da temporada, Bruno e Pavic conquistaram o primeiro título juntos, o do Masters 1000 de Xangai e logo depois foram vice-campeões do ATP de Estocolmo. Com os títulos conquistados em Stuttgart e Sidney e o vice em Barcelona, com o antigo parceiro Jamie Murray, Bruno encerrou 2019 com 32 títulos no circuito mundial e 30 vice-campeonatos ao longo da carreira.

Thiago Monteiro embarca para a temporada 2020

Depois de uma intensa pré-temporada na Argentina, o tenista número um do Brasil e 89o colocado no ano mundial, Thiago Monteiro embarca nesta noite de segunda-feira para iniciar a temporada 2020. O primeiro destino é o ATP de Doha, no Catar, seguido do ATP de Auckland e do Australian Open. A gira inicial do ano depois se completa com os torneios da América do Sul, em que ele disputará o Cordoba Open, Argentina Open, Rio Open e o novo ATP de Santiago.

“Foi uma pré-temporada muito boa, bem melhor que a do ano passado, especialmente com a ajuda do tempo. Consegui fazer bons treinos nessas quatro semanas que fiquei na Argentina, com muitos jogadores bons e diferentes. Consegui ter uma nova experiência muito gratificante com o Interclubes, jogando pelo San Lorenzo (foram campeões), o que me deu ritmo de jogo, além da importância que teve lá, com o pessoal muito motivado, torcendo e apoiando as equipes. Estou indo com tudo para começar 2020,” disse o cearense.

Firme no top 100, tendo conquistado três Challengers (Punta del Este, Braunschweig e Lima) no ano e obtido bons resultados em torneios maiores em 2019, ele quer dar um novo salto na temporada que se inicia. “Tive um 2019 bom, me firmei no top 100 o que me ajuda muito em termos de calendário e o objetivo é continuar sempre evoluindo e mirando ao longo do ano no top 60.”

Em 2018, brasileiros tiveram grande queda no aproveitamento em partidas contra top-100

Em uma rápida percepção, é possível notar que o tênis masculino brasileiro, pelo menos no que se refere aos simplistas, não vive uma boa fase. Pelo contrário.

Nos últimos anos, o Brasil vem perdendo força não apenas em relação ao ranking ou às conquistas de grandes títulos, mas também no que tange ao aproveitamento em quadra diante de jogadores bem posicionados na lista da ATP.

Fizemos um levantamento do número de vitórias dos brasileiros em partidas contra jogadores do top-100, comparando com anos anteriores, e o que se percebe é um declínio acentuado no número de vitórias dos atletas nacionais contra jogadores desta faixa do ranking que, vale dizer, nem é das mais privilegiadas quando se trata de grandes torneios.

Vale apontar que não foi levado em conta o torneio em disputa, mas sim o ranking do adversário em questão, sendo possível notar que um dos melhores números do Brasil foi em 2015, quando foram conquistadas, no total, 36 vitórias sobre top-100, com a seguinte distribuição e aproveitamento de 36%.

Em 2016, o número de vitórias já começou a cair, apesar do aumento no aproveitamento, para 41%, com destaque ainda para o triunfo de Thiago Monteiro sobre o francês Jo-Wilfried Tsonga, então número 9 do mundo, na primeira rodada do Rio Open, na partida que praticamente apresentou o cearense o mundo. Além disso, também se destaca a vitória de Thomaz Bellucci sobre o belga David Goffin (13º) durante os Jogos Olímpicos.

Já em 2017, os números continuavam piorando, com queda nas vitórias e no aproveitamento, apesar do bom resultado de Bellucci sobre o japonês Kei Nishikori (5º) na estreia do Rio Open e de Rogerinho sobre Monfils no ATP 250 de Umag, além da vitória de Feijão sobre o argentino Horacio Zeballos na estreia do Brasil Open, última vitória do brasileiro sobre um jogador nesta faixa de ranking, até o momento.

Na atual temporada, os números pioraram de vez, com os brasileiros conseguindo um número muito abaixo, impulsionado pela quase ausência de vitórias de Bellucci, que não vem em sua melhor fase, com lesões e uma pausa por doping recentemente. O aproveitamento na temporada? 28%, em apenas 39 jogos disputados contra top-100 em todo ano.

Vale destacar que a única vitória de Bellucci sobre um top-100 em 2018 foi sobre o eslovaco Martin Klizan, no Challenger de Gênova. Pior do que isso, o jogador melhor ranqueado batido por um brasileiro no ano foi o espanhol Fernando Verdasco, superado por Monteiro nas oitavas do ATP 500 de Hamburgo. Mesmo ex-top 10, Verdasco era o 33º do mundo na ocasião.

Também é importante mencionar que não são apenas os números de vitórias e aproveitamento que ficam bem abaixo neste ano, mas também o número de partidas realizadas. Isso aponta para o declínio dos brasileiros no próprio ranking da ATP, já que a faixa do top-100 joga, em boa parte das semanas, torneios ATP’s, enquanto os tenistas do país ficaram nos Challengers em boa parte da temporada.

Em duelo de gerações, Federer e Zverev jogam pelo título do Masters 1000 de Montreal

Roger Federer e Alexander Zverev decidem neste domingo o título do Masters 1000 de Montreal, no Canadá. Federer derrotou o holandês Robin Haase por 6/3 7/6 (5) e Zverev ganhou da revelação local de 18 anos, Denis Shapovalov, que durante a semana ganhou de Nadal e Del Potro por 6/4 7/5.

Para Federer, 36 anos, pode ser, curiosamente, o primeiro título em Montreal (ganhou duas vezes em Toronto). A vitória, no entanto, o colocaria no mesmo patamar de Ivan Lendl, com 94 títulos, ficando atrás apenas de Jimmy Connors, que tem 109. Além disso, ganhar o título dá ainda mais chances do suíço voltar ao topo do ranking mundial, já na semana que vem em Cincinnati.

A final é a sexta da temporada para Federer, que foi campeão do Australian Open, em Indian Wells, Miami, Halle e em Wimbledon. Uma temporada inimaginável antes dela começar.

“Cheguei a patamares que jamais sonhei em alcançar. É uma emoção cada vez que você ganha um título, eu jogo tênis para isso. Ser número um é uma consequência e agora os dois estão bem perto de acontecer,” disse Federer. “A final com o Zverev vai ser empolgante. Não é comum vermos tenistas de 18, 20 anos decidindo esses títulos.”

Zverev, de 20 anos, está no melhor ano da sua carreira. Foi campeão semana passada em Washington, a sua primeira semana com o novo técnico, Juan Carlos Ferrero. Também disputou 5 finais no ano – menos importantes e perdeu a única delas para Federer, em Halle.

“O Federer é o favorito, definitivamente. Ele está jogando bem em todos os grandes torneios que ele joga. Eu vou ter que sacar muito melhor. Mas, já joguei 5 finais esse ano e só perdi uma, para o Federer. Vou tentar aproveitar esse dia” disse Zverev, que conquistou o primeiro Masters 1000 da carreira, em Roma, em maio.

Diana Gabanyi

Guerra de titãs no tênis: Djokovic, Murray e Wawrinka brigam para manter sua posição no ranking

A temporada de 2016 da ATP ainda não acabou, mas já tem seus favoritos. Como no ano passado, o sérvio Novak Djokovic está na frente, com 12 vitórias em Grand Slams e 30 Masters (66 títulos); seguido pelo britânico Andy Murray, com 3 Grand Slams e 12 Masters (39 títulos);  e pelo suíço Stan Wawrinka, com 3 Grand Slams e 1 Master (15 títulos).

O imparável Djokovic 

Com 742 vitórias e apenas 152 derrotas no currículo, o jogador sérvio ganha fãs por onde passa. Seu histórico nas disputas por tie-break também é impressionante: 205 vitórias ali, sob pressão. Contra os top 10 do esporte, Novak computa 176 vitórias contra apenas 82 derrotas. Estes números extraordinários o colocam como favorito nas próximas competições.

Andy Murray: a esperança britânica

Com seu ar de bom moço, Andy Murray conquistou os ingleses em Wimbledon ao vencer o torneio pela segunda vez em julho deste ano. O jogador, conhecido por seu backhand destro de duas mãos, soma 607 vitórias (173 no tie-break), e 94 vitórias contra os top 10 do tênis.

Embora tudo indique que Djokovic irá terminar o ano na primeira colocação, Andy Murray ainda tem chances, mesmo que remotas, de chegar como número 1 do ranking no ATP World Finals, em Londres, sua cidade natal, que será realizado no fim do ano.

O conterrâneo de Federer

Embora tenha permanecido algum tempo sob a sombra do astro Roger Federer, que se manteve 302 semanas como número 1 mundial entre 2004 e 2012, o também suíço Stan Wawrinka finalmente teve sua chance de mostrar a que veio.  O jogador acumula até agora 435 vitórias, 177 vitórias no tie-break e 46 contra os top 10 do esporte.

Para saber um pouco mais sobre os jogadores que estão atualmente no Top 3 do ATP, confira o infográfico abaixo:

 

infografico

 

Confira os favoritos para 2017

O tênis é um esporte reconhecido pela volatilidade de posições no ranking, e cada semana entre os Top 3 é extremamente disputada. Saber quem vai ganhar os torneios do próximo ano então, é uma tarefa ainda mais difícil, mas dá para saber os favoritos.

De acordo com o site de apostas Betsson, Novak Djokovic aparece como favorito para o Australian Open 2017 com 54.1% de chances de vitória , seguido por Andy Murray  com 28.6% e Roger Federer, empatado com Stanislaw, com 9.1%.

Já para o French Open 2017 conta com alguns outros favoritos: Novak Djokovic com 50% de chances de vitória , Andy Murray com 16.7%, empatado com Rafael Nadal, e

Stan Wawrinka com 10%.

Guga comemora os 15 anos da chegada ao topo do ranking da ATP

LT12 Beautiful Tennis PartyEm 2000, Gustavo Kuerten surpreendia o mundo ao se tornar líder do ranking profissional de tênis.

Guga finalizou a temporada como número 1, fato inédito ainda hoje na América Latina. Quinze anos depois, o brasileiro abriu oficialmente o ano de celebração, em Paris, como convidado da Lacoste, no evento de lançamento da raquete LT12.

Ao lado de David Luiz, zagueiro do PSG e da seleção brasileira de futebol, Guga, que é embaixador mundial e assina uma linha de roupas da Lacoste, participou do lançamento da raquete especial produzida com 70% madeira e 30% grafite, ontem à noite.

O evento realizado no Faust reuniu convidados especiais para conhecer a raquete que será produzida em edição limitada. A Lacoste vai confeccionar apenas 650 peças numeradas da LT12.

Guga, que retorna ao Brasil na próxima semana, aproveita também a viagem para cumprir compromissos pessoais, como a visita a um médico especialista em quadril “na esperança de voltar às quadras”. Na agenda do tricampeão de Roland Garros está prevista também uma visita ao torneio infanto-juvenil Le Petit As, em Tarbes, no Sul da França.

Foto: Stephane Cardinale

ATP anuncia calendário para 2015 e Brasil Open troca de data com ATP de Buenos Aires

Ferrer - Copa Claro peqA Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) anunciou oficialmente, nesta quinta-feira, a versão atualizada de seu calendário 2015, que recoloca o Brasil Open na semana de 9 a 15 de fevereiro, voltando a ocupar a segunda semana da sequência de torneios da América do Sul.

Dessa maneira, o Brasil Open será disputado logo após Viña del Mar e uma semana antes do Rio Open. O ATP de Buenos Aires ficou com a quarta semana.
A decisão foi comemorada pelos organizadores do Brasil Open. O torneio retorna à sua semana original justamente no ano em que comemorará seus 15 anos.

“Não poderíamos receber melhor notícia. Este ano, mesmo com todas as dificuldades de calendário, a concorrência com Acapulco e Dubai na mesma semana, conseguimos fazer um excelente evento, que foi bastante elogiado pela ATP, pelos jogadores e pelo público. A nova data para 2015 vem coroar os 15 anos do Brasil Open, no qual já começamos a trabalhar e esperamos realizar uma edição ainda melhor”, destacou Luis Felipe Tavares, diretor do Brasil Open.

Chris Kermode, presidente da ATP, esteve em São Paulo para conhecer pessoalmente a estrutura do Brasil Open e gostou do que viu. “Desde que cheguei o Gayle Bradshaw (vice-presidente executivo de regras e competição da ATP) me contou que todos os problemas tinham sido resolvidos, que haviam feito um trabalho incrível e me falou de uma maneira muito positiva. E eu fiquei impressionado pela disposição que todos têm mostrado, muito proativos. Os jogadores estão incrivelmente felizes”, disse ele na ocasião.

Foto: Copa Claro

Time off para os tenistas?

A temporada terminou de vez neste domingo com a vitória da República Checa diante da Sérvia, em Belgrado, dando aos checos o segundo título seguido da Taça Davis.Davis cup czech

Com o fim da temporada, (ela recomeça no dia 30 de dezembro) os tenistas entram naquele período de TIME OFF. Mas, nem para todos.

Muitos tenistas, homens e mulheres, marcaram exibições mundo afora. Muitas na nossa vizinha Argentina – está até parecendo o Brasil no ano passado (Nadal e Nalbandian, Hewitt e Del Potro, Djokovic, as irmãs Williams), outras no Chile e até no Peru!

Federer que rodou a América do Sul no ano passado, vai descansar e se preparar para uma melhor temporada em 2014 do que esta. Murray, se recuperando de cirurgia nas costas também não se exibirá mundo afora.

Americanos, em sua maioria, jogam uma série de eventos de um dia, percorrendo o país, muitas vezes em exibições de caridade para os amigos. Foi o caso desta noite, em que John Isner, Venus Williams e até Marion Bartoli participaram do WTT Smash Hits, com Billie Jean King e Elton John, em Orlando.

Neste domingo, em uma das aulas do Intensivo da The School of Life, em São Paulo, o professor britânico David Baker falava sobre como equilibrar a vida pessoal com o trabalho e que as expressões TIME OFF e TIME ON deveriam ser trocadas.

Outro assunto debatido foi como não ser um workaholic, como fazer tempo para você mesmo fora do seu trabalho.Fiquei pensando nestes tenistas que acabaram de sair de uma exaustiva temporada, especialmente Nadal e Djokovic, Del Potro, Serena Williams e vão logo jogar exibições.

Será que, apesar de amarem o trabalho e estas exibições serem mais do que lucrativas, não seria bom desligar um pouco?

O próprio Nadal explicou que para ele jogar exibição não é como disputar um torneio. O cansaço mental não existe.

Mas, o físico sim e você não deixa a sua ferramenta de trabalho de lado, sem falar na correria das viagens.

Quem ganha são os fãs. O efeito nos tenistas, só saberemos na temporada 2014.

Diana Gabanyi

João Sousa conquista primeiro título ATP

João SousaO jovem tenista português João Sousa conseguiu um feito histórico este domingo, dia 29 de Setembro, ao ser o primeiro tenista português a conseguir vencer um título no circuito ATP World Tour, depois de vencer o francês Julien Benneteau na final do ATP 250 de Kuala Lumpur, na Malásia.

João Sousa, de apenas 24 anos, que mostrou como ganhar apostas, tornou-se assim no primeiro tenista português a conquistar um troféu do circuito mundial, vencendo o quinto cabeça de chave em três sets, com os parciais de 2/6 7/5 e 6/4, em um jogo que durou pouco mais de duas horas, mostrando de início algumas dificuldades contra as ofensivas de Benneteau antes de conseguir a virada.

O tenista francês, uma das grandes apostas do ténis, esteve perto de ganhar o segundo set, mas Sousa não desistiu e conseguiu dar a volta por cima, entrando depois com tudo na terceiro parcial ao quebrar o serviço do francês. Ele teve ainda de salvar seis break points, contudo conseguiu a tão desejada vitória.

No final da partida, o tenista português mostrou-se visivelmente satisfeito com a sua primeira conquista no Torneio do Circuito ATP.

“Olá a todos! Depois de atravessar a melhor semana da minha carreira, consegui um feito inédito não só para mim, mas também para o ténis português ao alcançar o meu primeiro título ATP aqui em Kuala Lumpur. Gostaria de vos agradecer todo o apoio demonstrado e partilhar com vocês este prêmio”, escreveu João Sousa na sua página de Facebook pessoal.

É importante destacar que João Sousa, além desta vitória histórica para o tênis português, conseguiu ainda subir ao 51º lugar do ranking mundial e assim assegurar a melhor posição de um tenista português na história da ATP.

Sousa afirmou ainda que não irá participar no Open da China que se realiza em Shanghai, porque achou que deve fazer uma pausa para descansar fisicamente e mentalmente.

 

ATP lança livro comemorativo aos nos.1 e Guga, é claro, é destaque – com relato inédito

A ATP lançou oficialmente neste sábado, em Wimbledon, como parte da campanha Heritage, o livro comemorativo aos 40 anos da instituição do ranking e dos números um, com espaço apenas para aqueles que terminaram uma temporada no topo da listagem. E entre apenas os 16 anos, é claro, está Gustavo Kuerten.Gustavo Kuerten number 1

Guga, assim como os apenas outros 15 tenistas (Ilie Nastase, Jimmy Connors, Bjorn Borg, John McEnroe, Ivan Lendl, Mats Wilander, Stefan Edberg, Jim Courier, Pete Sampras, Andre Agassi, Guga, Lleyton Hewitt, Andy Roddick, Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic) que terminaram um ano (desde 1973 até hoje), no topo do ranking, ganhou 2 páginas no livro, com história e fotos marcantes.

O texto de Guga foi escrito por Peter Bodo – ele e Neil Harman se dividiram para fazer os 16 perfis – e para a minha surpresa, provavelmente mais mérito do Guga do que do repórter, li algo que durante os meus 15 anos de trabalho com o tricampeão de Roland Garros, nunca soube. E olha que isso é muito raro.

Guga relata no livro que quando tinha 15 anos de idade e foi a Roland Garros pela primeira vez, foi ao museu do Louvre. Lá viu um quadro, comprou o cartão postal da pintura e mandou para a mãe Alice, com o seguinte recado: “Esse não é um quadro normal e eu não sou um jogador normal; sou um tipo diferente e um dia eu serei número do mundo.”

Guga depois conta que não esperava ser número um, não pensava nisso, mas mesmo assim escreveu o postal. Claro que Dna. Alice ainda guarda o cartão até hoje.

kuerten number one

O texto segue contando um pouco a história de Guga, enaltece Larri Passos, passa por Roland Garros e claro que chega a Lisboa para contar o que todos nós já sabemos, mas que é sempre especial relembrar. Fico aqui pensando hoje, que se Safin tivesse vencido mais um jogo (era o que ele precisava) e Guga perdido qualquer uma das suas partidas depois da derrota para o Agassi, não estaríamos aqui falando sobre isso hoje e teríamos o nome de Marat Safin ao lado do ano 2000 no trofeu. Mas ele venceu e ganhou de Sampras e Agassi na sequência para chegar ao topo do ranking mundial e se tornar o primeiro tenista sul-americano a terminar uma temporada como número um do mundo.trofeu numero um do mundo atp

Aliás, a imagem do trofeu de número um do mundo, que passou agora a ser chamado de trofeu Brad Drewett, em homenagem ao CEO da ATP que faleceu neste ano, é de arrepiar, com os nomes de todos os tenistas que terminaram a temporada no auge.

Para quem quiser ter uma ideia do que encontrar no livro, além de Guga, é claro, aqui estão as páginas do Djokovic e do Sampras.

No 1 SamprasNo 1 Djokovic

Por enquanto ele está sendo vendido na Tennis Warehouse, por U$ 29,90.

Diana Gabanyi